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Ucrânia. Zelenskiy reconhece destruição de infraestruturas essenciais em Severodonetsk

30 mai, 2022 - 06:22 • Redação com Agências

O Presidente da Ucrânia acusa que os bombardeamentos “são constantes”mas garante que as tropas de Kiev estão a resistir à ofensiva militar russa.

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Através de uma comunicação em vídeo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que em Severodonetsk, a maior cidade sob controle ucraniano, na região do Donbass (zona leste), as tropas russas já destruíram infraestruturas importantes.

“Como resultado dos ataques russos a Severodonetsk, todas as infraestruturas essenciais da cidade foram destruídas. 90% das casas foram danificadas e mais de dois terços de todas as habitações da cidade ficaram totalmente destruídas. Não há comunicações na cidade e os bombardeamentos são constantes. Controlar Severodonetsk é fundamental para os ocupantes, independentemente das vidas que tiverem de sacrificar”, acusa.

Zelenskiy garante que o exército ucraniano está a fazer todos os possíveis para conter o avanço das forças de Moscovo. “Todos os dias tentamos conseguir mais armas para proteger a nossa pátria e o nosso povo”, especifica.

O Presidente ucraniano diz que a resistência das tropas de Kiev se mantém e garante que a Rússia já perdeu a batalha por Kharkiv, a segunda maior cidade do país, localizada no nordeste da Ucrânia.

“Kharkiv, a cidade que é a linha da frente dos nossos militares na região, sofreu várias baixas por causa da ofensiva dos ocupantes. Os prédios ficaram destruídos nas zonas este e norte da cidade. Foi esse o alvo da artilharia russa, onde os aviões estiveram. A Rússia já notou o quanto perdeu ao longo de mais de 90 dias de guerra contra a Ucrânia. A Rússia já perdeu a batalha por Kharkiv, a luta por Kiev e a batalha pela região norte da Ucrânia. Já perdeu o seu próprio futuro e todas as ligações culturais com o mundo livre”, aponta Volodymyr Zelenskiy na mesma mensagem em vídeo.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

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