31 mai, 2022 - 20:07 • João Malheiro
O 97.º dia de guerra fica marcado pela tomada de controlo parcial da cidade de Severodonetsk por milícias pró-russas.
Ao final da tarde, surgiram relatos de que um bombardeamento na cidade atingiu uma planta química.
Roman Abramovich interpôs esta terça-feira um processo judicial no tribunal da União Europeia.
A Renascença resume os principais dados de mais um dia de conflito.
As milícias pró-russas de Lugansk anunciaram que controlam um terço de Severodonetsk, depois de o governador regional ucraniano ter admitido que uma parte desta cidade do leste da Ucrânia estava sob controlo russo.
"Já se pode dizer que controlamos um terço da cidade", declarou o líder das milícias de Lugansk, Leonid Pasechnik, à agência russa TASS, segundo a espanhola EFE.
Anteriormente, o governador da região de Lugansk, Sergui Gaidai, tinha reconhecido que as forças russas e as milícias controlavam uma parte da cidade, mas disse que as tropas ucranianas ainda estavam a combatê-las.
"A situação é muito complicada. Uma parte de Severodonetsk está a ser controlada pelos russos", escreveu Gaidai na rede social Telegram.
No mesmo dia em que as forças pró-russas capturaram parte de Severodonetsk, ocorreu um bombardeamento na cidade que terá atingido uma planta química.
Oficiais ucranianos relatam no Telegram que os russos "atingiram um tanque de ácido nítrico" e pedem aos civis para não se exporem ao fumo tóxico que resultou do ataque.
Este relato carece ainda de confirmação de fontes independentes.
Roman Abramovich interpôs esta terça-feira um processo judicial no tribunal da União Europeia (UE) contra o Conselho da UE, que aplicou sanções ao empresário russo, como parte das medidas retaliatórias contra Moscovo.
Em março, a UE incluiu o oligarca russo, considerado próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, na sua lista de indivíduos sancionados com bens congelados e proibições de viagem, pelo seu papel na invasão russa da Ucrânia.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, diz que o seu país tem armazenadas toneladas de cereais que não pode escoar por via marítima devido ao bloqueio imposto pela invasão russa.
“Como a Rússia bloqueou os nossos portos no Mar Negro e capturou a nossa parte da costa no mar de Azov, não podemos exportar 22 milhões de toneladas de cereais que já estão nos armazéns do nosso país. Este é o volume que devia ficar disponível no mercado externo. O bloqueio da Rússia às nossas exportações veio desestabilizar a situação à escala global", disse o líder ucraniano.
Zelenskiy afirmou também que, por esse motivo, "o preço dos alimentos está a aumentar em vários países e a ameaça da fome começa a surgir em África, na Ásia e em determinados países da Europa”.
A Grécia vai fornecer modelos soviéticos das armas BMP IFV à Ucrânia, um apoio ao país na sequência da invasão da Rússia, segundo relata a Reuters.
O chanceler alemão Olaf Scholz anunciou esta terça-feira que a Alemanha vai fornecer veículos de infantaria à Grécia para apoiar o fornecimento de armamento grego à Ucrânia.
"Vamos implementar rapidamente este acordo", garantiu o chefe do Governo da Alemanha.