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"O mundo está finalmente a recusar o petróleo russo", diz Zelenskiy

03 jun, 2022 - 05:25 • Redação com agências

No seu habitual discurso noturno, o Presidente ucraniano referiu-se ao sexto pacote de sanções da União Europeia à Rússia. Sobre o combate no terreno fala em "algum sucesso" alcançado em Severodonetsk.

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Após os 27 Estados-membros da UE terem vencido a principal barreira que impedia a aprovação de um sexto pacote de sanções à Rússia, ao aceitarem retirar o patriarca Kirill (líder da Igreja Ortodoxa de Moscovo), da lista de personalidades russas alvo de sanções por pressão da Hungria, o Presidente ucraniano pronunciou-se sobre o assunto.

O novo pacote implica o embargo às importações de petróleo russo, até ao final do ano, e na sua mais recente mensagem em vídeo, Volodymyr Zelenkiy vem considerar que “o mundo está finalmente a recusar o petróleo russo”.

O Presidente da Ucrânia diz que a Rússia “desfrutou do fluxo de petrodólares durante muito tempo e agora não quer mudar isso, mas terá de o fazer”, estimando que o regime de Vladimir Putin venha a perder “enormes ganhos”.

Severodonetsk na frente de batalha

A luta entre os dois lados do conflito tem-se intensificado na cidade estratégica de Severodonetsk, na região de Lugansk, onde cerca de 800 pessoas, incluído crianças, estão abrigadas numa fábrica de produtos químicos.

O governador regional, Sergui Gaidai, assegurou, em declarações à estação CNN, que embora as forças russas tenham tomado o controlo de grande parte da cidade, a zona industrial continua em mãos ucranianas.

Zelenskiy adianta, na mesma comunicação em vídeo, que o exército ucraniano obteve “algum sucesso nas batalhas em Severodonetsk”, embora refira que é ainda é cedo para saber resultados. Sublinha que a situação que se vive naquela cidade é agora “mais difícil”, e compara-a a outras comunidades próximas como Lysychansk ou Bakhmut, que enfrentam também os ataques russos.

O Presidente da Ucrânia acrescenta que “o território temporariamente ocupado” pelas tropas russas transformou-se “numa zona de completo desastre”.

Completam-se, nesta sexta-feira, 100 dias desde que começou a ofensiva militar na Ucrânia.

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