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ONU. Embaixador russo abandona reunião por comentários “rudes” de Charles Michel

07 jun, 2022 - 02:40 • Lusa

Reação surgiu depois de o presidente do Conselho Europeu ter acusado o Moscovo de estar a impedir as exportações de cereais, devido a ataques às zonas portuárias, na Ucrânia.

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O embaixador russo nas Nações Unidas (ONU) abandonou, esta segunda-feira, uma reunião do Conselho de Segurança por considerar demasiado "rudes" os comentários feitos pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que acusou Moscovo de provocar a atual crise alimentar.

Numa declaração perante o Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu para abordar a violência sexual e o tráfico de seres humanos no contexto da guerra na Ucrânia, Michel dirigiu-se diretamente ao embaixador russo, Vasily Nebenzya, acusando o Kremlin de travar as exportações de comida para os países em desenvolvimento.

Charles Michel disse que viu milhões de toneladas de grãos e trigo presos em contentores e em navios no porto ucraniano de Odessa há algumas semanas.

Isso deveu-se "aos navios de guerra russos no Mar Negro" e aos ataques de Moscovo à infraestrutura de transporte e instalações de armazenamento de grãos, assim como aos seus tanques, bombas e minas que estão a impedir a Ucrânia de plantar e colher esses alimentos, disse o político belga.

"Tudo isto está a elevar os preços dos alimentos, empurrando as pessoas para a pobreza e desestabilizando regiões inteiras", declarou o presidente do Conselho Europeu.

Michel também acusou as forças russas de roubar grãos de áreas ocupadas "enquanto transferem a culpa para outros", classificando essas atitudes de "covardes" e de "propaganda, pura e simples".

Durante o pronunciamento do líder europeu, Nebenzya acabou por abandonar o 'briefing', dando o lugar a outro diplomata russo.

O vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitry Polyansky, recorreu mais tarde à plataforma Telegram para explicar que os comentários de Michel foram "tão rudes" que Nebenzya deixou a câmara do Conselho de Segurança.

A reunião do Conselho de Segurança deveria concentrar-se na violência sexual durante a guerra na Ucrânia, no entanto, a invasão da Rússia e as suas devastadoras consequências, especialmente na escassez global de alimentos e aumento dos preços, também acabaram por ser abordadas.

Comentários
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  • Cidadao
    07 jun, 2022 Lisboa 08:46
    Para quem está viciado na Realidade alternativa de Putin, ser confrontado com a Verdade é obviamente causa de grande desconforto. Saíu, mas não faz lá falta nenhuma, se se limita a papaguear as torrentes de propaganda do líder dele ...
  • Zluis
    07 jun, 2022 Odivelas 07:15
    Concordo com a reação do Pres do C E, acusando a Rússia e esta maldita guerra, como a consequência da crise de falta de alimentos, que alastra e aumenta o espectro da fome. Certo é que dialogar com a Rússia é como falar para uma rocha. Eles são empedernidos, assassinos,déspotas e cruéis e totalmente execráveis. Não tem princípios de responsabilidade e respeito, paracom os direitos dos outros. O seu ego e política é de arrasar tidos is opositires. Infelizmente, os políticos e esteategas, confiaram no putinismo e o resultado está patente: a Ucrânia recebeu o impacto do ódio da rússia que, procuram "arrear a bandeira da democracia", pelo seu poderio bélico sem olhar a quem, para estabelecer o seu império homicids. A Europa coloca "sanções" e os russos, transforma a Ucrânia, numa terrade ninguém, um cemitério com montões de mortos a céu aberto !!! A coragem dos ucranianos e seu presidente, merecia outro apoio dos aluados. Não basta parecer democrata e aliado. É preciso "ser" membro efetivo e responder, aos homicidas e assassinos e violadores dos direitos dos outros povos, com as mesmas armas. Putin conhece a oassividade e regrasdasdemocracias ocidentais e, aproveita-se para " DESTRUIR E DERRAMAR O SANGUE INOCENTE". Putin e seus lacsios e exército merecem uma julgamento e condenação justa e exemplar. NÃO MATARÁS é a ordem de Deus e ai dos que derramam, O SANGUE DO SEU PRÓXIMO" . O TRIBUNAL DIVINO OS JULGARÁ mas, aqui, o poder demicrático tem de derrubar " os assassinos do séc XXI"

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