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Professores em França lançam petição para desenvolver ensino da língua portuguesa

11 jun, 2022 - 14:13 • Lusa

Iniciativa da associação de professores de português em França espera sensibilizar Emmanuel Macron para a necessidade de aumentar o quadro de docentes.

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A petição lançada esta semana pela associação de professores de português em França já conta com 3.300 assinaturas e visa pedir ao Presidente Emmanuel Macron mais professores para que os alunos possam continuar a aprender a língua de Camões.

"É uma petição para desenvolver o ensino do português no sistema de ensino francês. Infelizmente, há falta de professores, há escolas a fechar e temos de apoiar o ensino do português em França. É preciso que se recrutem mais professores e que abram mais turmas", alertou António Oliveira, secretário-geral da Adepba, em declarações à agência Lusa.

A Adepba (Associação para o Desenvolvimento de Estudos Portugueses, Brasileiros e África e Ásia lusófonos) agrupa muitos professores de português em França. Apenas alguns dias depois do seu lançamento numa plataforma de petições virtual, a petição "Sauvegarde de l"enseignement de la langue portugaise dans le système éducatif français" já tem 3.300 assinaturas.

António Oliveira mostra-se também descontente com a falta de coerência do ensino da língua portuguesa em França.

"Há uma incoerência total em França com muitos alunos que estudam português na primária e depois não têm seguimento no básico e secundário", indicou.

Os professores do ensino primário são destacados para França pelo Camões -- Instituo da Cooperação e da Língua, perfazendo mais de 90 professores no território gaulês, num acordo assinado há vários anos pelos dois países, ficando para os franceses o ensino básico e secundário. No entanto, esta associação considera que não há professores suficientes no ensino básico e informático.

"O problema é que há uma perda enorme de alunos da escola primária para o ensino básico. Tem de haver mais aulas, para isso é preciso professores e era preciso uma petição", indicou António Oliveira.

A Adepba espera agora obter 5.000 assinaturas nos próximos dias e vai pedir uma reunião com o novo ministro da Educação, Pap Ndiaye, de forma a debater este problema.

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