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Google paga mais de 100 milhões em ação judicial sobre discriminação de mulheres

13 jun, 2022 - 11:29 • Lusa

O acordo judicial abrange cerca de 15.500 mulheres, que trabalham na sede da empresa, na Califórnia, depois de quase cinco de litígio. Em 2021, o gigante tecnológico já tinha acordado em pagar 3,1 milhões de euros na sequência de acusações de discriminação contra mulheres e asiáticas.

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A Google acordou pagar 118 milhões de dólares (112,4 milhões de euros) para resolver uma ação judicial na qual se acusa a empresa de discriminar mulheres em termos salariais e hierárquicos no estado norte-americano da Califórnia.

A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela Google, depois de um comunicado divulgado na sexta-feira pelas duas sociedades de advogados que intentaram a ação coletiva.

O acordo abrange cerca de 15.500 mulheres empregadas que trabalham na Califórnia desde setembro de 2013, de acordo com a mesma nota.

A empresa também concordou que seja realizada uma auditoria independente às práticas de contratação e compensação.

"Depois de quase cinco anos (...), ambas as partes concordaram que a resolução do caso, sem qualquer admissão [de responsabilidade] ou conclusão, era do interesse de todos, e estamos muito satisfeitos por termos chegado a este acordo", disse um porta-voz da Google à agência de notícias France-Presse (AFP).

O processo foi instaurado em 2017 num tribunal de São Francisco por antigos funcionários da Google.

No texto do acordo, divulgado pelos advogados, é indicado que a Google "nega todas as alegações na queixa e sustenta que cumpriu sempre na íntegra com todas as leis, regras e regulamentos aplicáveis".

"Estamos absolutamente empenhados em pagar, contratar e nivelar todos os empregados de uma forma justa e equitativa", disse, por seu lado, o porta-voz da Google.

A empresa norte-americana já tinha concordado em 2021 em pagar 3,8 milhões de dólares (3,6 milhões de euros) ao Departamento do Trabalho dos EUA, na sequência de acusações de discriminação contra mulheres e asiáticas.

A Google disse então que a discriminação foi detetada durante uma auditoria interna de rotina e que a empresa concordou em pagar para retificar a situação, mas negou que tivesse infringido a lei.

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