16 jun, 2022 - 08:54 • Carla Fino
Já estão em Kiev o Presidente francês, o Chanceler alemão e o primeiro-ministro italiano. Emmanuel Macron, Olaf Scholz e Mario Draghi vão encontrar-se com o chefe de Estado da Ucrânia e discutir mais apoio militar.
À chegada à capital ucraniana, Macron disse que o objetivo é demonstrar que a Europa está unida no apoio aos ucranianos.
“Uma mensagem de unidade europeia a transmitir aos ucranianos e ucranianas o nosso apoio, e falar do presente e do futuro, porque as próximas semanas são importantes”, afirmou.
Os três líderes foram recebidos pela vice-primeira-ministra
da Ucrânia, para quem não é certo que haverá “anúncios brilhantes”, mas falou
em “reunião histórica”.
Antes da reunião com o Presidente ucraniano, Macron, Scholz e Draghi vão visitar alguns locais da capital, como o subúrbio de Irpin, onde as tropas russas deixaram um rasto de tragédia.
A viagem acontece na véspera de Bruxelas apresentar a recomendação para o estatuto da Ucrânia de candidato à União Europeia e horas depois de os Estados Unidos anunciarem um novo pacote de 962 milhões de euros em ajuda militar, destinada sobretudo à região de Donbass.
O encontro pode, contudo, ficar marcado por alguma tensão – o conselheiro do Presidente ucraniano teme que os três líderes europeus pressionem Zelenskiy a aceitar um cessar-fogo.
Na quarta-feira, o Presidente francês alertou que Zelenskiy, em algum momento, precisa de negociar com Putin, garantindo que a UE estará presente nessas conversações, para garantir a segurança do povo ucraniano.
Irpin foi ocupada brutalmente pelas tropas russas no início da guerra.
À medida que andam pelas ruas destruídas, Emmanuel Macron, Olaf Scholz e Mario Draghi vão sendo informados sobre o que aconteceu e o trabalho que está a ser feito para que a vida volte ao normal.
“É uma cidade heróica, marcada pelos estigmas da barbárie”, disse o Presidente francês aos jornalistas que acompanham a viagem.
Irpin está às portas de Kiev e foi ocupada no início de março, quando as tropas russas tinham como objetivo conquistar a capital ucraniana. Ali foram encontrados 290 corpos de vítimas civis.
[Notícia atualizada às 10h50]