17 jun, 2022 - 13:48 • José Pedro Frazão , Beatriz Lopes
A Rússia alega que já conseguiu eliminar 19 mercenários portugueses durante a invasão da Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro.
Nas últimas horas, o Ministério da Defesa russo publicou um boletim que regista a presença na Ucrânia dos mercenários que se envolveram no combate.
De Portugal terão viajado 103 pessoas, das quais 19 terão morrido, alega Moscovo.
Dezasseis combatentes portugueses deixaram entretanto a Ucrânia e 68 continuavam no país até ao dia de hoje.
Entre os países europeus, a Polónia lidera com maior número de mercenários que vão chegando e morrendo: foram para a Ucrânia 1.831 combatentes, dos quais 378 terão morrido.
Segue-se a Roménia (com 504 chegadas e 102 mortes). O terceiro lugar é ocupado pelo Reino Unido: das 422 chegadas, há registo de 101 mortes.
O Ministério da Defesa russo garante que o fluxo de mercenários estrangeiros não só está a diminuir, como está a sofrer muitas baixas e acusa de Kiev de estar a mentir quando garante que quase 20 mil estrangeiros estão a lutar contra as Forças Armadas russas.
Moscovo garante que desde o início da guerra terão chegado de outros países quase sete mil pessoas, das quais duas mil já terão sido eliminadas.
Em declarações à Renascença, o presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, diz ter sido contactado por vários portugueses que partiram para a Ucrânia para combater.
Pavlo Sadokha explica que não acompanhou o percurso destes combatentes que passou, ainda, pela Embaixada da Ucrânia em Lisboa.
O representante da comunidade ucraniana não dispõe de qualquer informação sobre a existência de baixas portuguesas na Ucrânia e alerta que é preciso desconfiar das informações avançadas pela Rússia.
[notícia atualizada às 15h45]