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Primeiro-ministro britânico alerta que Kiev continuará a precisar de apoio durante anos

19 jun, 2022 - 09:51 • Lusa

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, alertou hoje que a guerra na Ucrânia será longa e o país precisará de apoio durante anos para permanecer um estado viável, num artigo no "The Sunday Times"

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"Devemo-nos armar de coragem para uma longa guerra”, escreveu o chefe de Governo britânico, que na sexta-feira visitou Kiev pela segunda vez desde o início da invasão ordenada pelo Kremlin.

Boris Johnson destacou que o Reino Unido e os aliados devem assegurar que a Ucrânia “tenha a resiliência estratégica para sobreviver”, uma vez que o presidente russo, Vladimir Putin, “recorre a uma campanha de desgaste e tenta brutalmente esmagar a Ucrânia”.

“O tempo é um fator vital”, continua Johnson.

“Tudo vai depender de se a Ucrânia pode fortalecer a sua capacidade de defender o seu território mais rapidamente do que a Rússia consegue renovar a sua capacidade de ataque”, acrescenta.

Para isso, a Ucrânia deve “receber armas, equipamentos, munições e treinos mais rapidamente do que o invasor”, explicou o primeiro-ministro, que anunciou na sexta-feira um programa de treino com capacidade para até 10 mil soldados ucranianos a cada 120 dias.

Boris também realçou a necessidade de continuar a enviar fundos para que seja possível a Kiev manter a administração do Estado a funcionar e começar a reconstrução “assim que possível”.

Johnson destaca ainda que é preciso encontrar formas de escoar, através dos portos ucranianos, as 25 milhões de toneladas de cereais que se acumulam nos silos ucranianos sem poder sair do país.

Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou hoje que é preciso estar preparado para que a guerra na Ucrânia possa durar “anos”, em entrevista à edição de domingo do jornal alemão “Bild”, na qual exortou os países ocidentais a manterem o seu apoio a Kiev.

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  • Cidadao
    19 jun, 2022 Lisboa 13:14
    Se precisarem de treino em guerrilha e contra-guerrilha, temos 13 anos de conhecimentos na Guerra Colonial, que podemos facultar, embora os Teatros de Operações sejam diferentes. Quanto ao resto, agora pode parecer uma grande despesa, mas já viram o que a UE ganha com uma Ucrânia reconstruida e a funcionar, desde praticamente independência cerealífera, a produções que não existem agora e que a UE tem de importar de fornecedores pouco fiáveis, sem contar com Industria e um novo Mercado de 34 milhões de consumidores?

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