28 jun, 2022 - 18:10 • João Carlos Malta
Pelo menos 51 prisioneiros morreram depois que um incêndio que começou durante uma rebelião na cidade colombiana de Tulua, no sudoeste da Colômbia, informou o chefe da agência nacional de prisões nesta terça-feira.
“É um evento trágico e desastroso”, disse o general Tito Castellanos, diretor da agência penitenciária, à Rádio Caracol na terça-feira.
“Houve um incidente, aparentemente um motim, os presos incendiaram alguns colchões e ocorreu um incêndio”, afirma.
Castellanos confirmou mais tarde um número de mortos de 51 pessoas – 49 morreram na prisão e duas que morreram após serem levadas ao hospital.
Recluso deitou fogo a um colchão dentro da cela.
“Infelizmente, a maioria dos presos morreu por inalação de fumo”, disse à radio local Caracol.
Vinte e quatro pessoas estão a ser tratadas no hospital e o fogo foi controlado por bombeiros locais, acrescentou Castellanos.
A prisão tem um total de 1.267 detidos e o bloco de celas onde ocorreu o incêndio abriga 180.
Um funcionário leu uma lista de prisioneiros ainda vivos e ilesos aos familiares ansiosos reunidos do lado de fora da prisão, alguns dos quais gritaram de alegria ao ouvir o nome do seu ente querido.
As prisões da Colômbia têm capacidade para 81 mil detidos, mas atualmente abrigam cerca de 97 mil, segundo dados oficiais.
Recluso deitou fogo a um colchão dentro da cela.
“Dei instruções para levar adiante as investigações que nos permitem esclarecer esta terrível situação”, disse o presidente colombiano Ivan Duque, que está em visita a Portugal, no Twitter.
A violência prisional “obriga a reimaginar de forma completa a política prisional em direção a uma humanização da prisão e dignidade para o preso”, disse o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, que assume o cargo em agosto, no Twitter.