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Presidente ucraniano discursa na cimeira da NATO

29 jun, 2022 - 03:30 • Lusa

O apoio à Ucrânia é unânime no seio da NATO e a Aliança Atlântica prepara-se para aprovar, em Madrid, um novo pacote de ajuda a Kiev.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, intervém esta quarta-feira, por videoconferência, na cimeira da NATO que conta com mais de 40 chefes de Estado e de Governo e um programa condicionado pela guerra na Ucrânia.

Em Madrid estarão delegações de 44 países, incluindo Portugal, e o número de líderes de Governo e de chefes de Estado é o maior de sempre numa cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que tem sido designada como "chave", "transformadora", "crucial" ou "histórica" pelos dirigentes dos estados-membros e da própria aliança militar, atendendo à invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Durante esta cimeira os 30 países aliados na NATO vão aprovar o reforço de meios no terreno no leste da Europa e de tropas em prontidão, que neste caso passarão de 40 mil para mais de 300 mil, segundo declarações do secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que disse estar em causa "a maior revisão" da estratégia de dissuasão e defesa da organização desde a Guerra Fria.

Ainda segundo Stoltenberg, o novo Conceito Estratégico que será aprovado nesta cimeira, que orientará a ação da aliança na próxima década, deverá definir a Rússia como a sua maior e mais direta ameaça à NATO, depois de no anterior, aprovado em Lisboa, em 2010, ter ficado escrito uma aproximação a Moscovo.

O Conceito Estratégico fará parte da agenda da primeira sessão de trabalho da cimeira, em que estará o primeiro-ministro português, António Costa.

O apoio à Ucrânia é unânime no seio da NATO e a aliança vai aprovar em Madrid um novo pacote de ajuda integral a Kiev. Também Geórgia, Moldova e Bósnia terão nos planos de ajuda da NATO aprovados em Madrid, segundo Stoltenberg.

À tarde, os países da NATO reúnem-se com estados parceiros da Aliança Atlântica.

Entre os parceiros e convidados da cimeira estão países da Ásia e do Pacífico (Austrália, Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia), do Médio Oriente (Jordânia) e de África (Mauritânia), assim como os seis estados da União Europeia que estão fora da NATO (Finlândia, Suécia, Áustria, Chipre, Irlanda e Malta).

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