01 jul, 2022 - 17:46 • João Carlos Malta
O combate à pobreza e às desigualdades faz-se através da forma como as populações podem aceder à água, declarou o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, na cerimónia de encerramento da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa.
O discurso do ministro do Ambiente teve a água como ponto central. Duarte Cordeiro assinalou que os oceanos são parte integrante do ciclo hidrológico e que “a sua saúde depende da forma como se gerem as águas interiores e costeiras, e os ecossistemas associados, assim como os serviços de abastecimento”.
Por isso, na opinião do ministro, “se queremos o oceano saudável devemos colmatar os problemas de acesso a água potável segura”.
“Sem água e saneamentos seguros não conseguimos reduzir a poluição marinha resultante das águas residuais e pluviais não tratadas”, acrescentou.
Conferência dos Oceanos
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Ainda durante a intervenção, Duarte Cordeiro assinalou que a poluição marinha é uma ameaça não apenas paras as espécies e ecossistemas marinhos, mas para o bem-estar humanos.
E batendo numa tecla que tem sido muito pressionada neste evento, defendeu que é hora de agir e passar do papel para o terreno as decisões políticas. "A chave para a sustentabilidade do nosso planeta está nas parcerias e instrumentos financeiros”, enfatizou.
Antes, a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Luísa Salgueiro, reforçou a necessidade de maior proximidade com as comunidades locais, que muitas vezes têm dificuldades técnicas e logísticas.
A mesma responsável ressalvou ainda a necessidade de descentralizar decisões, para que as pessoas não tenham o sentimento de que as políticas são desenhadas à revelia.
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A sessão de encerramento ficou marcada por um mini-conflito diplomático, que nada tem a ver com os oceanos.
O tema de discórdia foi Taiwan. A delegação de Palau indignou-se com o facto de ter sido negado o acesso de membros daquela região na sua comitiva, alegando que a ONU não deve criar barreiras aos seus membros nas escolhas que fazem.
A China reagiu contra esta declaração, afirmando que Taiwan é parte do território chinês e que por isso residentes daquela zona não podem estar integrados em delegações de outras comitivas.
Seguiu-se depois um rol de intervenções de apoio ou rejeição das críticas feitas por Palau, com os Estados Unidos a manifestarem-se a favor, e o Paquistão a fazerem uma declaração favorável à China.
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