10 jul, 2022 - 20:46 • Lusa
A “corrida” para a substituição de Boris Johnson como líder do Partido Conservador e primeiro-ministro britânico ganhou este domingo força, depois de a chefe da diplomacia Liz Truss anunciar candidatura para suceder a Boris Johnson, juntando-se aos nove candidatos já anunciados.
“Vou bater-me nesta eleição enquanto conservadora e governarei enquanto conservadora”, declarou Truss, 46 anos, nas colunas do diário Daily Telegraph.
Junta-se aos nove outros candidatos para a liderança dos conservadores, que garante a maioria na Câmara dos comuns (parlamento), e, consequentemente, para Downing Street.
A ‘corrida’ para a substituição de Boris Johnson tinha já registado ao início da tarde um novo concorrente, quando a secretária de Estado do Comércio, Penny Mordaunt, apresentou a sua candidatura, juntando-se aos oito candidatos já anunciados.
A “corrida” totaliza agora dez deputados "conservadores", incluindo três ministros.
Na lista de candidatos está o ex-ministro da Saúde Savid Javid, o novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, e o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Saúde Jeremy Hunt, que enfrentou Boris Johnson em 2019 para a liderança do partido conservador.
O ministro britânico dos Transportes, Grant Shapps, anunciou a candidatura depois de Johnson ter apresentado, na quinta-feira, a demissão como líder do Partido Conservador e, por consequência, como chefe do Governo do Reino Unido.
Além de Grant Shapps, já indicaram as suas pretensões ao cargo de Boris Johnson o ex-ministro da Economia Rishi Sunak; o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara dos Comuns, Tom Tugendhat; a procuradora-geral Suella Braverman; e a ex-secretária de Estado para a Igualdade, Kemi Badenoch.
Na próxima segunda-feira, o influente Comité de 1922 – um grupo que reúne deputados conservadores sem pasta - elegerá a direção e anunciará o calendário para a escolha do novo líder do Partido Conservador.
Boris Johnson foi forçado a demitir-se depois de mais de 50 membros do seu Governo terem renunciado, em protesto contra a sua gestão política e na sequência de uma série de escândalos.
[notícia atualizada às 6h30]
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