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Moscovo afirma que objetivos militares vão além do leste ucraniano

20 jul, 2022 - 13:45 • Lusa

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, à medida que o Ocidente - por "raiva causada pela impotência" ou pelo desejo de agravar a situação - fornece cada vez mais armas de longo alcance, como os mísseis Himar, "o quadro geográfico da operação avança mais e mais".

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O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse esta quarta-feira que os objetivos militares da Rússia na Ucrânia vão agora além da região leste do país e passaram a incluir "uma série de outros territórios".

"A geografia é diferente agora. Já não se trata apenas das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk [os territórios separatistas no leste da Ucrânia], mas também das regiões de Kherson e Zaporijia [no sul] e uma série de outros territórios", afirmou o chefe da diplomacia russa, em entrevista à agência russa de notícias Ria Novosti e ao canal RT.

Segundo Lavrov, à medida que o Ocidente - por "raiva causada pela impotência" ou pelo desejo de agravar a situação -- fornece cada vez mais armas de longo alcance, como os mísseis Himar, "o quadro geográfico da operação avança mais e mais".

"Não podemos permitir que, na parte da Ucrânia que permanece sob o controlo de [Presidente ucraniano, Volodymyr] Zelensky (...), haja armas que representam uma ameaça direta aos nossos territórios ou aos territórios das repúblicas que declararam a sua independência", sublinhou.

Lavrov lembrou que os objetivos estabelecidos pelo Presidente russo, Vladimir Putin, ao ordenar a campanha militar na Ucrânia foram "a desnazificação e a desmilitarização da Ucrânia, no sentido de deixar de haver ameaças à segurança" russa.

Um objetivo que se mantém, segundo reiterou o chefe da diplomacia russa.

A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zajárova, também reagiu hoje às advertências do coordenador de comunicações do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América (EUA), John Kirby, que ameaçou a Rússia com sanções adicionais e mais severas caso insistisse na anexação ilegal de território ucraniano.

"A Casa Branca declarou que os Estados Unidos vão impor novas sanções se novas regiões ucranianas se juntarem à Rússia. O erro da Casa Branca é que os EUA impuseram e continuam a impor novas sanções sem que as regiões ucranianas sejam integradas na Rússia", afirmou a porta-voz, numa mensagem divulgada na rede social Telegram.

Por isso, frisou a representante, "esta nova ameaça só fortaleceu a nossa decisão de agir".

A Rússia, que iniciou uma invasão a que chamou "operação militar especial" na vizinha Ucrânia, em fevereiro passado, declarou abertamente que irá promover referendos sobre a integração das regiões de Zaporijia e Kherson, parcialmente ocupadas por tropas russas, no país.

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  • Destruam Moscovo
    21 jul, 2022 Olho por olho 21:17
    A Rússia, ou melhor, os dirigentes Russos, só vão perceber melhor o atoleiro onde se meteram, quando cidades russas começarem a ir pelos ares, tal como as Ucranianas foram. Para isso acontecer, os EUA e o Ocidente em geral, devem não só retirar as restrições ao uso de armamento de longo alcance que estão a fornecer à Ucrânia, como aumentar drasticamente o envio desse armamento. Se estivesse na cadeira do Biden, há muito que teria fornecido a Kiev, mísseis com capacidade para atingir Moscovo e o Kremlin em especial. Porque é que há-de ser só a Ucrânia a ser destruída e a Rússia ficar intacta?
  • Digo
    20 jul, 2022 Eu 14:07
    Uma maneira hábil mas ingénua da Rússia dizer " se pararem de dar à Ucrânia as armas que nos estão a destruir as peneiras, damo-nos por satisfeitos, pelo menos para já, com um território do tamanho de metade da Itália, cheio de indústria e infraestruturas, bem servido de Portos para escoar a produção e até paramos a guerra para já. depois é outro assunto". Percebe-se que as armas ocidentais estão a fazer estragos, e quando os Ucranianos que não desistem do território, completarem a transição do armamento vetusto da URSS dos anos 70, para armamento moderno Ocidental, as coisas vão piorar para a Rússia. E quando a nova Força Aérea Ucraniana começar a atuar e o sistema Patriot / Iron Dome forem instalados, aí piora mais ainda. Vão-se gabando mas já vimos que estão à rasca.

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