21 jul, 2022 - 09:01 • Olímpia Mairos
O gasoduto Nordstream 1, que fornece gás natural à Europa, a partir da Alemanha, acaba de retomar o fornecimento após ter estado encerrado dez dias para manutenção de uma turbina. A informação é avançada pela agência de notícias France Press, que cita fonte da Gazprom, a gigante russa de gás.
No mês passado, as entregas de gás através do gasoduto foram reduzidas em cerca de 60%.
Segundo a agência de notícias alemã DPA, a operadora do gasoduto, a Nord Stream AG, disse que o fluxo de gás recomeçou, mas que o volume levaria algum tempo a aumentar.
De acordo com a empresa alemã que gere a infraestrutura, o volume corresponde a cerca de 40% da capacidade máxima.
Um corte total do gás russo pode significar uma nova quebra de 1,5% à economia europeia. Um problema que, para a Comissão Europeia, não é apenas dos países dependentes do fornecimento de Moscovo, mas de todos.
Para evitar males maiores, a Comissão Europeia quer que todos os países cortem no consumo de gás, já a partir do dia 1 de agosto, e apela à solidariedade dos que estão menos expostos aos fornecimentos russos.
“Todos os Estados-membros vão sofrer as consequências”, adverte a presidente da Comissão Europeia.
Guerra na Ucrânia
“Tomar medidas agora pode reduzir tanto o risco co(...)
Ursula Von der Leyen admite que uns países são mais vulneráveis do que outros, mas defende que os 27, sem exceção, devem avançar com um corte de 15% no consumo de gás, preparando-se para serem também solidários. O objetivo é poupar, mas também partilhar.
“É importante que contribuam para a poupança, para o armazenamento e que estejam prontos para partilhar gás com os vizinhos, caso seja necessário”, sinaliza.
Portugal e Espanha já fizeram saber que não concordam com a proposta.
A discussão promete aquecer até à reunião de ministros da Energia da próxima semana.
As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.
Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.
A procura de gás representa 24% do consumo interno bruto global de energia na Europa.
“Aconteça o que acontecer, as famílias espanholas (...)