21 jul, 2022 - 19:40 • Lusa
A Itália vai ter eleições antecipadas em 25 de setembro, como solução para a crise provocada pela demissão de Mario Draghi como primeiro-ministro de um Governo de coligação fragilizado pelo abandono de três partidos.
A data foi proposta pelo demissionário primeiro-ministro e a sua ministra do Interior, Luciana Lamorgese, esta tarde em reunião do Conselho de Ministros, e comunicada ao Presidente, Sergio Mattarela, que havia já decretado o fim da atual legislatura, de acordo com a agência italiana ANSA.
Draghi e a ministra do Interior comunicaram a data acordada ao chefe de Estado, a quem compete emitir um segundo decreto com a convocatória.
A decisão da antecipação das eleições foi tomada pelo Presidente, que anunciou a dissolução do Parlamento, eleito em março de 2018, e o fim da legislatura, oito meses antes do previsto.
Os líderes do Senado e da Câmara dos Deputados Maria Elisabetta Alberti Casellati e Roberto Fico, respetivamente, deslocaram-se hoje à tarde ao Palácio do Quirinal (em Roma), a sede da Presidência italiana, para marcar o início do processo da dissolução antecipada das duas câmaras do parlamento, como previsto no artigo 88.º da Constituição italiana.
O encurtamento desta legislatura é o epílogo da demissão de Draghi, que continua no cargo até à formação do novo Governo.
O chefe de Estado - que já aceitara com relutância um segundo mandato, em janeiro, devido ao clima de confronto político - pediu aos dirigentes políticos que pensem no país, na fase que se segue.
"Espero que, na intensa e por vezes aguda dialética da campanha eleitoral, todos deem uma contribuição construtiva no melhor interesse da Itália", pediu o Presidente, para o período de campanha que antecede as eleições marcadas para 25 de setembro.