22 jul, 2022 - 10:55 • Reuters
Separatistas apoiados por Moscovo que controlam o Donbass, no leste da Ucrânia, bloquearam esta sexta-feira o acesso ao motor de pesquisa da Google.
A informação foi avançada pelo líder dos separatistas pró-Rússia, citando como argumento o que diz ser a "desinformação" sobre a guerra disseminada através da Google.
Numa mensagem publicada no seu canal de Telegram, Denis Pushilin, líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, acusou a Google de promover "violência contra todos os russos", atribuindo a culpa aos "manipuladores do Governo dos EUA".
"Se a Google parar de perseguir esta política criminosa e voltar ao cumprimento da lei, moralidade e senso comum, não enfrentará quaisquer obstáculos ao seu trabalho."
Pushilin não apresentou quaisquer provas que sustentem as suas acusações. A Google ainda não reagiu ao sucedido.
Desde a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro, a Rússia e os seus apoiantes no leste da Ucrânia têm acusado sustentadamente empresas do Ocidente de espalharem propaganda anti-Moscovo e de assumirem uma postura unilateral face ao conflito.
Em março, a Rússia baniu o Facebook e o Instagram depois de um tribunal ter declarado a empresa detentora das redes sociais, a Meta, culpada de "atividade extremista". Antes disso, as autoridades russas já aplicavam restrições no acesso ao Facebook, nomeadamente restringindo o seu uso por empresas de media russas.
Os separatistas em Donetsk e Luhansk seguiram o mesmo caminho, bloqueando o acesso ao Facebook e ao Instagram naqueles territórios.