25 jul, 2022 - 10:23 • Olímpia Mairos
A empresa de biotecnologia dinamarquesa BAVA.CO anunciou que a Comissão Europeia deu permissão para que a sua vacina Imvanex seja comercializada como proteção contra a varíola, conforme recomendado na semana passada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
A aprovação surge depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter emitido um alerta de alto nível, declarando o surto de varíola-dos-macacos como uma emergência global de saúde pública, depois de um aumento mundial de casos de infeção.
“Temos um surto que se está a espalhar rapidamente à volta do mundo, do qual sabemos muito pouco e que cumpre os critérios dos regulamentos internacionais de saúde”, adiantou o diretor-geral da OMS em conferência de imprensa, após a reunião do comité de emergência.
Portugal, segundo a DGS, já registou 588 casos.
De acordo com CEO da empresa dinamarquesa, Paul Chaplin, citado pela agência Reuters, “a disponibilidade de uma vacina aprovada pode melhorar significativamente a prontidão das nações para combater doenças emergentes, mas apenas através de investimentos e planeamento estruturado da preparação biológica”.
A Imvanex é a única vacina no mercado autorizada para prevenção do vírus Monkeypox, mas apenas nos Estados Unidos e Canadá. Na União Europeia a autorização, para já, é apenas para tratar a varíola comum.
No entanto, a empresa dinamarquesa tem produzido e entregue esta vacina a vários países europeus para um uso “off-label” - a utilização de um medicamento para uma finalidade diferente da aprovada.
A aprovação de Bruxelas é válida em todos os Estados-membros da União Europeia, bem como na Islândia, Liechtenstein e Noruega.