28 jul, 2022 - 04:14 • Marisa Gonçalves com Agências
A ameaça surgiu pela voz de Konstantin Gavrilov, o chefe da delegação russa nas negociações em Viena sobre segurança militar e controle de armas. O mesmo responsável disse que a “Rússia poderá retaliar duramente”, no caso de o Ocidente aumentar o fornecimento de armas para a Ucrânia.
“Aumentar a transferência de armas ocidentais para Kiev pode forçar a Federação Russa a adotar ações de resposta mais duras”, disse, citado pela imprensa russa.
Konstantin Gavrilov frisou que a Rússia responderá com “consequências extremamente graves”, se a Ucrânia utilizar “o sistema HIMARS, artilharia ocidental ou outras armas fornecidas pela NATO para atacar o seu território”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que os Estados Unidos pretendem enviar para o seu país novos lança-foguetes HIMARS (Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade).
Na passada sexta-feira, os Estados Unidos aprovaram mais um pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 270 milhões de dólares (cerca de 265 milhões de euros), incluindo quatro sistemas de lançamento de foguetes de precisão HIMARS, que podem atacar alvos num raio de 80 quilómetros.
A Rússia garante ter destruído alguns desses sistemas, o que vem sendo negado por autoridades norte-americanas.
Enquanto isso, o exército ucraniano continua a usar o HIMARS para atacar a área controlada pelas tropas russas, incluindo a ponte Antonovsky, na província de Kherson, no sul do país.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia sob a condenação da generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.