Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Tensão diplomática

Washington vai ter de "pagar o preço" pela deslocação de Nancy Pelosi a Taiwan

02 ago, 2022 - 10:50 • Lusa

Pequim considera a ilha uma "província rebelde" que deve ser reunificada, criticando fortemente qualquer visita de um alto responsável estrangeiro.

A+ / A-

A República Popular da China avisa os Estados Unidos sobre a eventual visita da presidente da Câmara dos Representantes a Taiwan, afirmando que Washington vai ter de "pagar o preço" pela deslocação de Nancy Pelosi considerada "ataque".

“Os Estados Unidos vão certamente arcar com a responsabilidade (consequências) e vão ter que pagar o preço pelo ataque à soberania e segurança da China", afirmou Hua Chunying, porta-voz da diplomacia da República Popular da China em conferência de imprensa.

Nancy Pelosi chegou hoje à Malásia, a segunda paragem da deslocação ao continente asiático que pode ficar marcada pelas tensões entre Pequim e Washington por causa da eventual visita a Taiwan, que ainda não foi confirmada.

Pequim considera a ilha (República da China) "província rebelde" que deve ser reunificada, criticando fortemente qualquer alto responsável político estrangeiro que visita Taipé.

O Governo do Partido Comunista Chinês reclama a soberania da ilha desde que os nacionalistas do Kuomintang liderados por Chiang Kai-shek foram derrotados pelas forças comunistas chefiadas por Mao Tsé-Tung durante a guerra civil na segunda metade da década de 1940.

De acordo com a agência nacional de Kuala Lumpur, Bernama, Pelosi a bordo de um avião militar desembarcou numa base da Força Aérea da Malásia e deve reunir-se com o presidente do Parlamento na capital do país. Após a visita a Singapura e Malásia, o itinerário incluiu deslocações confirmadas à Coreia do Sul e ao Japão mas a viagem está a ser marcada pela eventual visita a Taiwan.

Várias notícias publicadas em todo o mundo referem que a visita a Taipé vai realizar-se. O jornal Financial Times noticia que Pelosi vai reunir-se com a chefe de Estado de Taiwan na quarta-feira.

Os 23 milhões de habitantes da República da China vivem sob as ameaças constantes de Pequim porque o chefe de Estado da República Popular da China, Xi Jinping, fez da "reunificação" uma prioridade.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    03 ago, 2022 Porto 10:45
    Os comunistas em qualquer parte do mundo não são democratas. Odeiam e invejam a liberdade que existe nos países não comunistas..

Destaques V+