04 ago, 2022 - 08:36 • Lusa
A denúncia ocorre depois de o Tribunal Comercial de Londres ter decidido a favor de Juan Guaidó no caso do controlo do ouro venezuelano depositado no Banco de Inglaterra.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Londres de "roubar" de maneira "descarada e indigna" o ouro venezuelano depositado no Banco de Inglaterra.
A denúncia tem lugar uma semana depois de o Tribunal Comercial de Londres ter decidido a favor do líder da oposição, Juan Guaidó, no caso do controlo do ouro venezuelano depositado no Banco de Inglaterra.
"Vejam vocês o ouro que nos estão a roubar em Londres de uma forma descarada e indigna para toda a comunidade venezuelana, para todo o povo da Venezuela", disse num evento transmitido pela televisão estatal local.
Maduro sublinhou tratar-se de uma "operação de roubo de ouro venezuelano depositado nos cofres do Banco de Inglaterra pelo Banco Central da Venezuela".
“Mas a Venezuela deve saber que se trata de um ato de pirataria. A pirataria é roubo e o mundo inteiro deve saber que não há segurança jurídica em Londres, nem no Banco de Inglaterra, que em qualquer momento qualquer país ou banco central do mundo pode ver as suas reservas internacionais, de ouro, roubadas. Essa é a verdadeira verdade. Não há segurança jurídica, não há respeito pela lei.”
O presidente frisou ainda que esse outro pertence ao Banco Central da Venezuela e aos venezuelanos e que, por ele, o seu Governo continuará a lutar, "a protestar, para o recuperar".
"Continuaremos a protestar contra os abusos, sanções, sequestros e roubos de bens venezuelanos no estrangeiro. Um dia chegará a hora da justiça, da verdade. Recuperaremos essa riqueza, esses bens, esse ouro, essas empresas, esses aviões, Citgo [petrolífera venezuelana nos EUA] e as contas bancárias que pertencem à Venezuela", disse.
Em 29 de julho, O Tribunal Comercial de Londres decidiu a favor do líder da oposição, Juan Guaidó, no caso do controlo do ouro venezuelano depositado no Banco de Inglaterra.
A decisão surge após o Supremo Tribunal do Reino Unido já ter decidido sobre uma série de questões preliminares em 2021 e reconhecer Guaidó, e não Maduro, como o líder da Venezuela.