09 ago, 2022 - 00:39
O músico Roger Waters, antigo líder dos Pink Floyd, culpa a NATO pela invasão da Ucrânia pela Rússia, considera que o Presidente norte-americano é um criminoso de guerra e defende a China no diferendo com Taiwan.
“Esta guerra, basicamente, é sobre a ação e reação da pressão da NATO sobre as fronteiras da Rússia, que eles prometeram não fazer quando Gorbachev negociou a retirada da URSS da Europa de Leste”, afirma Roger Waters, em entrevista à CNN.
O músico, de 78 anos, também foi questionado sobre um vídeo que é exibido antes do início dos concertos da sua atual digressão, em que o Presidente norte-americano, Joe Biden, é apelidado de “criminoso de guerra”.
“Alimentar o fogo na Ucrânia, para começar, é um grande crime. Porque é que os EUA não encorajam o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a negociar, obviando a necessidade desta guerra horrenda?”, declarou Roger Waters.
Noutro ponto da entrevista à CNN, o fundador dos Pink Floyd defendeu a posição oficial da China em relação às ambições independentistas de Taiwan.
“A China não está a cercar Taiwan. Taiwan faz parte da China. É uma questão absolutamente aceite por toda a comunidade internacional desde 1948”, sublinhou o músico britânico.
Roger Waters e o entrevistador envolveram-se depois numa troca de argumentos sobre os direitos humanos na China.
“Os chineses não invadiram o Iraque em 2013 e mataram milhões de pessoas. Quem é que os chineses invadiram e massacraram?”, questionou o músico. “Os seus próprios” cidadãos, respondeu o entrevistador Michael Smerconish.