18 ago, 2022 - 17:19 • Lusa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a administração de uma segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 para os grupos mais vulneráveis a doença grave, devido à redução da imunidade contra a variante Ómicron.
Esses grupos incluem os idosos, cabendo a cada país definir a partir de que idade, as pessoas com imunossupressão e todos os adultos com doenças crónicas, bem como grávidas e profissionais de saúde.
Numa conferência de imprensa com o grupo consultivo estratégico de especialistas em imunização, foi explicado que o intervalo ideal entre a primeira e a segunda dose de reforço é de quatro a seis meses, o mesmo período a partir do qual se concluiu que a eficácia das vacinas contra a covid-19 começa a diminuir.
Se esse prazo for ultrapassado, o novo reforço deve ser administrado tão cedo quanto possível.
De acordo com a avaliação feita pelo grupo de especialistas à eficácia das vacinas da Pfizer e da Moderna, as crianças e jovens estão entre os grupos menos prioritários, por serem menos vulneráveis a doença grave.
Joachim Hombach, da OMS e do grupo consultivo, disse também que é ainda incerto se os especialistas vão ou não recomendar o reforço vacinal da população em geral ou uma combinação de vacinas especifica para a variante Ómicron.
Em Portugal, o processo de administração da segunda dose de reforço (quarta dose) arrancou em 16 de maio, abrangendo pessoas com 80 ou mais anos e todos os residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI).
A administração dessa segunda dose de reforço insere-se na estratégia de melhoria da proteção da população mais vulnerável e, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), no final de julho já tinham sido vacinadas com essa nova dose mais de 400 mil pessoas.
Na mesma conferência de imprensa, a OMS indicou também que na semana passada se registaram cerca de 5,4 milhões de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, uma redução de 24% face à semana anterior, com destaque para África e Europa, onde a redução foi de quase 40%.
O número de mortes em todo o mundo caiu, em média, 6%, apesar de se registar um aumento em algumas zonas da Ásia.