18 ago, 2022 - 11:12
António Guterres está na Ucrânia para se encontrar com o Presidente ucraniano e também com o Presidente da Turquia. Antes, o Secretário-geral das Nações Unidas visitou, durante a manhã a Universidade de Lviv, onde realçou a importância da sociedade civil e da academia na defesa dos direitos humanos.
“Muitas pessoas pensam que apenas os governos importam, mas cada vez mais as contribuições da sociedade civil e da academia são essenciais para o desenvolvimento das democracias modernas”, começou por dizer.
Na sua intervenção, Guterres destacou em concreto o papel da Universidade de Lviv. “Esta universidade fez contribuições muito importantes, nomeadamente para a Carta das Nações Unidas. Um dos membros fez parte da redação da carta e os valores do documento foram discutidos nesta universidade. Esta universidade também contribuiu para a pesquisa sobre o Holocausto e para a análise das violações de direitos humanos e de genocídios.”
Na agenda do Secretário-geral da ONU seguem-se agora várias reuniões: Uma com os presidentes da Ucrânia e da Turquia, que deve incidir, sobretudo, no processo de desbloqueio das exportações de cereais através do mar Negro; a outra, apenas com o presidente Zelensky, devem ser abordados vários outros temas, como por exemplo, a tensão que se vive nas centrais nucleares do país.
Na sexta-feira, António Guterres irá visitar o Porto de Odessa de onde já saíram 25 navios carregados com cereais ucranianos.
O secretário-geral das Nações Unidas regressa à Ucrânia depois de uma primeira visita no final de abril.
O Kremlin diz que o regime de Kiev “está a preparar uma provocação retumbante” à central nuclear de Zaporíjia, mas que a federação russa seria culpada por um eventual desastre.
O porta-voz da Defesa russa explicou, em conferência de imprensa, que os sistemas de suporte da central foram danificados e que em caso de um acidente o material radioativo chegaria à Alemanha, Polónia e Eslováquia.
“A liderança ucraniana tem espalhado repetidamente rumores de que as tropas russas tinham ocupado essa estação e estavam a bombardear as forças armadas ucranianas com sistemas de artilharia de longo alcance e a utilizar a central de energia como escudo. Salientamos que as forças russas não têm quaisquer armamentos pesado nem no local da central nem nas áreas adjacentes. Apenas elementos da segurança estão lá colocados”.