Portugal continua a apoiar a Ucrânia, "um país que a Rússia procurou esmagar"

O ministro dos Negócios Estrangeiros já está em Kiev, e em declarações aos jornalistas disse que é "redobradamente importante estar aqui neste dia". "A mensagem principal é de solidariedade, é de comparação das nossas impressões sobre o apoio que devemos dar, um apoio político, um apoio humanitário, um apoio financeiro, e um apoio militar, que Portugal tem dado e continuará a dar".

"É muito importante continuarmos o diálogo e a proximidade com os colegas da Ucrânia, e mostrarmos a solidariedade num dia tão marcante para a história deste país", sublinhou João Gomes Cravinho.

A visita ao Muro Memorial dos Defensores Caídos estava prevista para as 11h00 (9h00 em Lisboa), mas foi cancelada por questões de agenda. Às 10h40, hora local, foi escutado em Kiev o alarme de ameaça aérea por breves minutos.

O encontro oficial dos dois ministros, que se seguia à visita ao memorial, manteve-se no programa e terminou cerca das 11h30 (9h30 em Lisboa).

"É uma honra estar em Kiev neste dia de grande simbolismo, em que se celebram os 31 da independência que a Rússia procurou esmagar", escreveu João Gomes Cravinho na rede social Twitter.

"Trago de Portugal uma mensagem de solidariedade, e de apoio político, militar, financeiro e humanitário", garantiu.

Durante a visita, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dymitro Kuleba, revelou que falou com Gomes Cravinho sobre "o apoio que temos recebido de Portugal e de outros países da União Europeia".

"E o ministro também me informou sobre a comunidade ucraniana que vive em Portugal. Louvou-a por ser uma parte importante da sociedade. Foi uma conversa entre amigos que se entendem muito bem e que estão preparados para se apoiar mutuamente", acrescentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chegou às primeiras horas da manhã à capital da Ucrânia para uma deslocação oficial que decorre hoje, dia em que o país celebra o 31.º aniversário da sua independência e assinala também seis meses da invasão do seu território pela Rússia.

O chefe da diplomacia portuguesa assinala assim "in loco esta importante e simbólica data, reiterando o apoio e a cooperação de Portugal ao país em guerra", refere uma nota divulgada hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Portugal vai participar, com outros países, na reconstrução de escolas na região de Jitomir, a cerca de 150 quilómetros a oeste de Kiev, onde se estima que tenham sido destruídos cerca de 70 estabelecimentos de ensino.