25 ago, 2022 - 08:58 • Redação com Reuters
O chefe da Agência Nacional de Polícia do Japão, Itaru Nakamura, apresentou a sua demissão, esta quinta-feira, dizendo responsabilizar-se pelo homicídio do antigo primeiro-ministro, Shinzo Abe, no mês passado.
A notícia é conhecida após um relatório daquele organismo ter apontado “falhas de segurança”, que permitiram que o atacante, de 41 anos, atingisse a tiro o ex-chefe do Governo durante um comício eleitoral em Nara, a 8 de julho.
“Para reexaminar a segurança e não permitir que isto aconteça novamente, precisamos de um novo sistema”, indicou Nakamura, em conferência de imprensa, citada pela Associated Press.
Segundo o responsável, a organização precisa de “um novo começo”, através da implementação de um “novo plano de segurança”, perante a proteção “insuficiente” que resultou na morte do antigo líder de 67 anos.
Ainda que Nakamura não tenha adiantando quando é que a sua demissão se tornará oficial, a imprensa japonesa avançou que deverá ser aprovada na sexta-feira.
Recorde-se que o alegado autor do ataque, identificado como Tetsuya Yamagami, foi detido no local, tendo levado a cabo o homicídio com recurso a uma arma de fabrico artesanal.
Yamagami teria um rancor de longa data contra o grupo religioso conhecido como a Igreja da Unificação, da qual a sua mãe é membro. Por acreditar que o antigo primeiro-ministro tinha laços com o grupo, decidiu matá-lo.
Além da arma caseira usada no crime, foram apreendidas, pelo menos, mais cinco armas.