Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Vídeo de primeira-ministra da Finlândia em festa criticado pela oposição

18 ago, 2022 - 15:46 • Pedro Valente Lima

Vídeos de Sanna Marin, partilhados nas redes sociais, causaram furor em todo o mundo, exceto no parlamento finlandês. A oposição pede que a líder do país faça um teste de deteção de drogas.

A+ / A-

"Dancei, cantei e festejei - coisas perfeitamente legais", responde a primeira-ministra da Finlândia após a divulgação de um vídeo de uma festa animada com amigos e celebridades. A oposição tece duras críticas ao comportamento de Sanna Marin e exige que faça um teste de deteção de drogas.

A chefe do executivo finlandês, em declarações à imprensa esta quinta-feira, diz saber que estava a ser filmada, mas não esconde o descontentamento pelas imagens que rapidamente invadiram as redes sociais.

Ainda assim, Sanna Marin não se mostra melindrada com a situação, frisando que sempre separou as águas entre a sua vida pessoal e o trabalho na liderança do país nórdico. "Vou continuar a ser exatamente a mesma pessoa que fui até agora e espero que isso seja aceite", sublinha.

Contudo, a oposição ao Governo não deixou escapar a oportunidade para criticar o comportamento festivaleiro de Sanna Marin. Riikka Purra, líder do principal partido da oposição, exige que a primeira-ministra faça um teste voluntário de despistagem às drogas.

Também dentro dos partidos que apoiam o executivo, há quem faça igual pedido. No Twitter, Mikko Kärnä, do Partido de Centro, escreve que a líder finlandesa deve esclarecer a população: "As pessoas também devem poder esperar isto da sua primeira-ministra".

Em resposta, Marin nega qualquer consumo de estupefacientes, tendo apenas ingerido álcool. A primeira-ministra finlandesa mostra-se tranquila e também disponível para realizar um eventual teste de deteção de drogas: "Não tenho nada a esconder".

Esta postura de Sanna Marin não é novidade para os finlandeses, uma vez que a chefe de governo faz questão de tornar pública a sua veia mais descontraída e jovem. Em dezembro do ano passado, Marin foi vista numa discoteca, horas depois de saber que esteve em contacto direto com uma ministra infetada com Covid-19.

A transparência da primeira-ministra é capaz de gerar reações antagónicas junto da população: "Há pessoas a dizer que é normal para uma mulher da sua idade divertir-se com os amigos e há outras que ficam chocadas", revela Robert Sundman, em declarações à BBC.

O jornalista finlandês tem a certeza que as imagens recentes não vão afetar, "pelo menos significativamente", a popularidade do executivo de Sanna Marin. A verdade é que o Partido da Social-Democrata, eleito em 2019, segue em segundo lugar nas intenções de voto, atrás da Coligação Nacional, de acordo com as sondagens do Politico.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Digo
    18 ago, 2022 Eu 19:06
    Isto não será o lobby Russo, danado por a Finlândia vir a pertencer à NATO, que anda por aí e por ali, à pesca de qualquer coisa para complicar?
  • Cidadao
    18 ago, 2022 Lisboa 17:38
    Desde que não misture a vida pessoal com assuntos de Estado, não vejo qual é o problema. Pior, pior, são aqueles PM's que a coberto de "festas privadas" privilegiam lobbys, "amigos", negociatas que prejudicam o Estado e por arrastamento, os contribuintes, ou aqueles que a coberto duma Realidade Alternativa, invadem Países Vizinhos e ainda dizem que os outros é que causam "desestabilização" na Ordem Mundial ...
  • Desabafo Assim
    18 ago, 2022 porto 14:54
    Assim também deveríamos estar nós a festejar para não sermos como os meninos da rua, "toquei e não dançaste".

Destaques V+