31 ago, 2022 - 10:03 • Lusa
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na terça-feira que o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, que morreu aos 91 anos de idade, era um homem de “visão extraordinária”.
Em comunicado, Biden escreveu que Gorbachev era um líder raro, com a imaginação de vislumbrar a possibilidade de um futuro diferente e coragem de arriscar toda a sua carreira para o conseguir.
“O resultado foi um mundo mais seguro e mais liberdade para milhões de pessoas”, lembrou.
Biden recordou a conversa com o ex-líder soviético durante a sua visita à Casa Branca em 2009, quando era vice-Presidente, na qual discutiram os esforços dos EUA e da Rússia para reduzir os arsenais nucleares.
O ex-líder da União Soviética Mikhail Gorbachev morreu esta terça-feira aos 91 anos.
Segundo as informações iniciais, Mikhail Gorbachev será enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscovo, onde se encontram os restos mortais de figuras importantes da história russa, assim como o túmulo da sua mulher, Raísa.
O último presidente da União Soviética vivia longe dos holofotes dos ‘media’ há anos, devido a problemas de saúde.
Como último líder da União Soviética, travou uma batalha perdida para salvar um império fragilizado, mas produziu reformas extraordinárias que levaram ao fim da Guerra Fria.
O antigo secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), entre 1985 e 1991, desencadeou uma série de mudança que resultaram no colapso do Estado soviético autoritário, na libertação das nações do Leste Europeu do domínio russo e no fim de décadas de confronto nuclear Leste-Oeste.
Gorbachev ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1990 pelo seu papel no fim da Guerra Fria e passou os seus últimos anos a colecionar elogios e honras em todo o mundo, contrariando a visão da Rússia, onde era desprezado.