02 set, 2022 - 12:43 • Redação
Depois de cinco semanas, a corrida para substituir o primeiro-ministro demissionário do Reino Unido, Boris Johnson, termina esta sexta-feira às 17h, hora a que encerram as urnas.
Os boletins de voto em papel foram enviados aos militantes do Partido Conservador entre 1 e 5 de agosto. Qualquer boletim preenchido que chegue depois de hoje, 2 de setembro, não será contabilizado. Já a votação online é possível até ao fecho das urnas.
Apenas os militantes conservadores estão autorizados a escolher o seu líder e, de acordo com as regras, aquele ou aquela que será o próximo chefe de Governo, em substituição de Johnson.
Quantos são e quem são são dados que estão "envoltos em níveis de secretismo não muito diferentes do que acontece na maçonaria", indica o jornal britânico "Guardian".
Sabe-se que, na última corrida à liderança conservadora, estavam registadas e elegíveis para votar cerca de 150 mil pessoas. Isto aconteceu em 2019, quando Boris Johnson saiu vitorioso da votação para substituir Theresa May.
Cálculos sugerem que, neste momento, esse número situa-se entre os 180 mil e os 200 mil militantes, o que representa cerca de 0.3% da população total do Reino Unido.
De acordo com dados do Instituto Mile End, na Universidade Queen Mary em Londres, 44% destes eleitores têm mais de 65 anos; 97% deles são caucasianos; e 54% vivem na capital e no sul de Inglaterra.
Depois de várias fases de votação interna no partido, os dois nomes que acabaram nos boletins de voto enviados aos militantes conservadores foram o da atual ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, e o ex-chanceler do Tesouro, Rishi Sunak.
Graham Brady, líder do comité 1922 (grupo de deputados conservadores) anunciará que candidato recolheu mais votos na próxima segunda-feira, 5 de setembro.
A transferência formal de poder terá lugar na terça-feira.
O demissionário deverá fazer um discurso de despedida à porta do número 10 de Downing Street na terça-feira, por volta das 9h da manhã.