Moscovo confirmou este sábado a retirada das tropas russas de zonas estratégicas da região de Kharkiv, onde se inclui a cidade de Izium. A informação foi dada este sábado pelo ministro da defesa russo.
Para além de Izium, o Kremlin também irá retirar tropas de Balakliia, avança a Deutsche Welle, que cita o discurso do responsável russo, o major-general Igor Konashenkov. "Para garantir que conseguimos cumprir os objetivos da operação especial militar para libertar Donbass, decidimos voltar a reunir as tropas russas estacionadas nos distritos de Balakliia and Izium", confirma Konashenkov.
Izium tinha uma população de cerca de 45 mil habitantes antes do início da guerra e que tem uma grande importância para as operações militares de Moscovo.
Este é o primeiro comentário oficial russo à contraofensiva da Ucrânia. As forças ucranianas anunciaram ter recuperado a cidade de Kupiansk, uma zona chave que se encontrava nas mãos do exército russo há vários meses.
As forças especiais ucranianas difundiram imagens nas redes sociais, mostrando os seus oficiais naquela zona.
As imagens mostram um grupo de soldados de camuflado, com armas automáticas e reunidos em torno de um veículo blindado.
Um responsável regional publicou, por seu lado, uma fotografia de soldados ucranianos na cidade de 27 mil habitantes, com o texto: "Kupiansk é a Ucrânia".
O novo avanço importante reivindicado pelas forças ucranianas acontece depois de Kiev ter afirmado ter recuperado nos últimos dias o controlo de 30 localidades na zona de Kharkiv, na fronteira com a Rússia.
A cidade de Kupiansk, situada a cerca de 120 quilómetros a sudeste de Kharkiv, caiu nas mãos dos russos menos de uma semana depois do início da ofensiva de Moscovo na Ucrânia, a 24 de fevereiro.
A tomada de controlo pelas forças ucranianas pode colocar um sério problema a Moscovo, uma vez que a cidade se encontra nas rotas de abastecimento de outras posições russas na linha da frente.
A ofensiva lançada em 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).