Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Brasil

Traficantes e milícias controlam 20% do Rio de Janeiro

13 set, 2022 - 19:32 • Lusa

O crescimento das áreas controladas pelo crime tem sido impulsionado especialmente pela forte expansão das milícias.

A+ / A-

As áreas controladas por grupos armados no Rio de Janeiro, Brasil, cresceram 131% nos últimos 16 anos, segundo um estudo divulgado hoje pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com a investigação, as áreas controladas por grupos armados no Rio de Janeiro, incluindo traficantes de droga e milícias (grupos de vigilantes), passaram de 8,7% da cidade, entre 2006 e 2008, para 20% da região metropolitana, entre 2019 e 2021.

A área metropolitana do Rio de Janeiro, com sete milhões de habitantes, tornou-se uma das mais violentas do Brasil devido aos contínuos confrontos armados entre grupos de traficantes de droga rivais e entre estes e milicianos e a polícia. Os tiroteios são mais frequentemente sobre disputas de território.

O crescimento das áreas controladas pelo crime tem sido impulsionado especialmente pela forte expansão das milícias, grupos criados inicialmente pela polícia e ex-polícias para combater o tráfico de droga nos seus bairros, que se transformaram em novas organizações criminosas.

Estes grupos, embora não diretamente financiados pela venda de drogas, começaram a controlar os serviços nas suas áreas de influência, tais como o transporte clandestino, a Internet pirata e os sinais de televisão por cabo ou a venda de botijas de gás.

Segundo o estudo, a área controlada pelas milícias era equivalente a 23,7% das controladas por criminosos em 2006 e corresponde agora a 49,9% do território sob a influência de grupos armados.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+