19 set, 2022 - 07:04
O Presidente dos EUA disse numa entrevista, transmitida no domingo, que as tropas norte-americanas defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa.
Questionado no programa "60 Minutos" da CBS se "os americanos defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa", Joe Biden respondeu: "Sim, se de facto ocorresse um ataque sem precedentes".
O Presidente dos EUA fez questão de sublinhar que não estava a "encorajar" a ilha a declarar a independência. "A decisão é deles", afirmou.
A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa (1949).
Em sete décadas, o exército comunista nunca conseguiu conquistar a ilha, que permaneceu sob o controlo da República da China - o regime que em tempos governou a China continental e agora apenas governa Taiwan.
Biden já tinha irritado Pequim ao dizer no final de maio que os EUA iriam intervir militarmente em apoio a Taiwan no caso de uma invasão da China comunista. Depois voltou atrás, afirmando o seu compromisso com a "ambiguidade estratégica", um conceito deliberadamente vago que tem governado a política dos EUA em Taiwan durante décadas.
A "ambiguidade estratégica", que consiste em Washington se abster de dizer se os Estados Unidos interviriam ou não militarmente para defender Taiwan em caso de invasão, tem ajudado até agora a manter uma certa estabilidade na região.
A pressão sobre Taiwan tem aumentado desde que Xi Jinping chegou ao poder em Pequim há uma década.