20 set, 2022 - 06:17 • Redação com agências
No seu habitual discurso noturno, o presidente ucraniano falou sobre os avanços das forças ucranianas e sobre a libertação de territórios ocupados pelos russos, afirmando que os ucranianos estão “a estabilizar a situação” e a “aguentar” posições em Kharkiv.
“Fazemos de forma tão assertiva que os ocupantes estão a entrar em pânico”, afirmou Volodymyr Zelensky, deixando uma mensagem clara aos colaboradores do Kremlin em solo ucraniano: fugir ou render-se.
“Ou tentam escapar - e veremos se a Rússia os deixará entrar no seu território, apesar de lhes ter dado passaportes - ou serão acusados de acordo com a legislação atual da Ucrânia.”
Não esquecendo o funeral da rainha Isabel II, Zelensky também recordou a presença do primeiro-ministro e da primeira-dama ucranianos em Londres, agradecendo a “todos os nacionais no Reino Unido que mostraram aos nossos amigos britânicos que, neste momento solene, a Ucrânia está com eles”.
Ataques a infraestruturas civis
As forças russas continuam a bombardear infraestruturas civis, alertam as autoridades militares americanas.
Segundo uma fonte citada pela CNN Internacional, os russos “continuam a usar ataques aéreos” nestas infraestruturas, dando como exemplos o ataque à barragem em Kryvyi Rih, que fez aumentar o nível das águas na região, e perto da central nuclear de Mykolaiv.
“Este padrão perturbador que inclui ataques a centrais de energia continua a demonstrar o desprezo das forças russas pela vida dos civis”, alerta a fonte.
Quanto à prestação dos ucranianos, a fonte citada pela CNN descreve as “operações deliberadas e calibradas na periferia de Kherson”, acrescentando que, no Donbass, “os ucranianos continua a defender-se eficientemente contra os ataques russos”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.