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Cerca de 200 baleias-piloto morrem encalhadas na costa da Tasmânia

22 set, 2022 - 09:42 • Lusa

Como as baleias-piloto são animais muito sociais, podem seguir esses membros do grupo que se perdem e ficar em perigo.

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Cerca de 200 baleias-piloto, também conhecidas como golfinhos-piloto, morreram depois de terem encalhado na costa oeste da Tasmânia, na Austrália, apesar das tentativas de resgate, anunciaram hoje as autoridades locais.

Um grupo de cerca de 230 cetáceos encalhou perto do porto de Macquarie na quarta-feira, dia em que o Ministério dos Recursos Naturais e Ambiente do Estado da Tasmânia disse que “cerca de metade dos animais está viva”.

No entanto, ondas fortes causaram a morte de mais mamíferos marinhos durante a noite, disse o coordenador do Serviço de Parques e Vida Selvagem da Tasmânia, Brendon Clark.

“Fizemos a triagem dos animais ontem [quarta-feira] como parte da avaliação preliminar e identificamos os animais que tinham a melhor hipótese de sobrevivência (…). Hoje estaremos concentrados nas operações de resgate e libertação”, salientou.

Há quase dois anos, na mesma zona, quase 500 golfinhos-piloto a ficarem presos em terra, dos quais apenas cerca de 100 sobreviveram.

As razões para estes fenómenos não são totalmente conhecidas, mas os cientistas têm sugerido que podem ser causados pela dispersão de alguns membros de grupos de cetáceos depois de se alimentarem muito perto da costa.

Como as baleias-piloto são animais muito sociais, podem seguir esses membros do grupo que se perdem e ficar em perigo.

No dia anterior, 14 cachalotes foram encontrados encalhados na ilha King, ao largo da costa sudeste da Tasmânia.

O cientista marinho da Griffith University Olaf Meynecke explicou à agência de notícias Associated Press ser invulgar encontrar cachalotes presos na praia, mas explicou que o aquecimento global pode estar a mudar as correntes oceânicas e alterar as rotas da comida tradicional das baleias.

Nestes casos, os animais “deslocam-se para outras zonas e procuraram outras fontes de alimentos”, disse Meynecke.

No entanto, “quando fazem isso, já não estão na melhor condição física porque podem estar a morrer de fome, o que pode levá-los a correr mais riscos e talvez a aproximar-se demais da costa”, concluiu.

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