25 set, 2022 - 17:37 • Lusa
"Comunicámos diretamente, em privado, a níveis muito elevados com o Kremlin, que qualquer uso de armas nucleares terá consequências catastróficas para a Rússia. Que os Estados Unidos e os nossos aliados responderemos de forma decisiva”, disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista à CBS News.
Para o responsável norte-americano, é preciso “levar muito a sério” o possível uso de armas nucleares pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
Num discurso na quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, mencionou as “armas do futuro” para advertir a NATO de que a Rússia conta com um arsenal nuclear “inigualável” que lhe permite contrariar qualquer ameaça ocidental.
“Quero recordar que o nosso país também dispõe de diferentes sistemas ofensivos e, em alguns componentes, são mais modernos do que os que têm os países da NATO”, ameaçou Putin.
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Segundo Sullivan, tanto em público como em privado, os Estados Unidos têm sido “claros e específicos” sobre o que implicaria um eventual uso de armas nucleares: O Governo do Presidente Joe Biden “responderá com decisão”.
Washington, acrescentou o assessor, continuará a apoiar a Ucrânia nos seus esforços para defender o país e a sua democracia e recordou que já foram entregues mais de 15.000 milhões de dólares em ajudas para armamento e sistemas de defesa aérea.
Na entrevista, Sullivan referiu-se também à atual situação do Exército russo, defendendo que a anunciada “mobilização parcial” dos cidadãos “não é exatamente um sinal de força ou de confiança”, mas sim “um sinal de que estão a sofrer muito no lado russo”.