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Giorgia Meloni diz que chegou “o tempo da responsabilidade” e apela à união dos italianos

26 set, 2022 - 03:41 • Marisa Gonçalves com Agências

Este será o Governo italiano mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial. A próxima primeira-ministra e assegurou querer unir “todos os italianos”, apelando a um clima de serenidade numa conjuntura interna e externa que classifica de "complexa".

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Itália prepara-se para ter a primeira mulher a chefiar um Governo. No seu discurso da noite eleitoral, em Roma, a presidente do partido Irmãos de Itália (FdI), Giorgia Meloni, subiu ao palco para reclamar vitória nas legislativas e reivindicar a liderança do próximo Executivo.

Embora sem dados definitivos, disse haver uma indicação clara: “a de que os italianos escolheram um governo de centro-direita liderado pelo Irmãos de Itália”, garantindo que o partido irá governar "para todos".

Meloni afirmou que chegou o tempo da “responsabilidade”, sustentando que o país vive uma situação complexa.

“Devemos lembrar que não somos um ponto de chegada, mas seremos um ponto de partida. A partir de amanhã devemos provar o nosso valor. Este é o momento da responsabilidade, o momento em que se queremos fazer parte da história, é preciso entender a responsabilidade que temos para com dezenas de milhões de pessoas, porque a Itália escolheu-nos e não a trairemos como nunca a traímos”, declarou.

No seu discurso, Giorgia Meloni apelou a um clima sereno, de confiança nas instituições, e disse que o seu principal objetivo é “reconstruir a relação entre o Estado e os cidadãos".

"Penso que a situação atual em Itália, na União Europeia e com a qual todos somos confrontados, é uma situação particularmente complexa que requer o contributo de todos, que requer um clima sereno, que requer o respeito recíproco, a base do confronto em qualquer sistema democrático", defendeu.

Meloni falou ainda de uma “noite de orgulho” e dedicou a vitória a todos os italianos, afirmando querer “unir o povo”.

De acordo com resultados parciais, a coligação de direita e extrema-direita – liderada pelo FdI e que reúne ainda a Liga, de Matteo Salvini, e o partido conservador Força Itália, de Silvio Berlusconi – obteve cerca de 43% dos votos nas legislativas.

O bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, deverá conseguir 26% dos votos.

Estas poderão ser as eleições menos participadas dado que a taxa de abstenção poderá atingir os 36%.

Mais de 50 milhões de italianos foram chamados a votos, este domingo, para escolher os membros da Câmara dos Deputados e do Senado.

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