Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Guerra na Ucrânia? "Tudo isso, obviamente, é resultado do colapso da União Soviética", admite Putin

29 set, 2022 - 18:45 • Lusa

Numa reunião com as autoridades dos 11 países da Comunidade de Estados Independentes, o Presidente da Rússia sugeriu que uma "ordem mundial mais justa" está a ser formada para se contrapor a "uma hegemonia unipolar", promovida pelo Ocidente, que, segundo diz, está "em colapso".

A+ / A-

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quinta-feira que os conflitos na ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), incluindo o atual entre a Rússia e a Ucrânia, foram "obviamente" o resultado do "colapso da União Soviética".

"Basta olhar para o que está a acontecer agora entre a Rússia e a Ucrânia, o que está a acontecer nas fronteiras de alguns países da ex-União Soviética. Tudo isso, obviamente, é resultado do colapso da União Soviética", disse o líder russo, durante uma reunião com autoridades dos países membros da Comunidade de Estados Independentes (CEI), que reúne as ex-repúblicas soviéticas.

"Sabemos que o Ocidente está a criar cenários para provocar novos conflitos no espaço da CEI. Mas já temos (conflitos) suficientes", acrescentou Putin.

O Presidente russo também afirmou que uma "ordem mundial mais justa" está a ser formada para se contrapor a "uma hegemonia unipolar", promovida pelo Ocidente, que disse estar "em colapso".

"Ao agarrar-se ao passado e ao tentar levar a cabo uma política de 'diktat' [exigência absoluta imposta pelo mais forte] em todas as áreas - das relações internacionais à economia, passando pela cultura e desporto - este famoso coletivo ocidental está a criar novos problemas e novas crises", explicou Putin.

Em 16 de setembro, durante uma cimeira regional asiática, o Presidente russo já tinha apresentado a sua estratégia como um contrapeso à ordem ocidental, saudando o "papel crescente dos novos centros de poder".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+