03 out, 2022 - 01:20 • Joana Azevedo Viana
Luiz Inácio 'Lula' da Silva ficou um passo mais próximo de voltar à presidência do Brasil este domingo, mas não conseguiu firmar a maioria necessária para evitar uma segunda volta contra o atual Presidente, Jair Bolsonaro.
Na manhã desta segunda-feira, com 99,99% dos votos contabilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o antigo chefe de Estado, do Partido dos Trabalhadores (PT), era o declarado vencedor do primeiro turno, com 48,43% dos votos (57.257.473 de votantes) -- menos do que os 50% necessários para ser eleito à primeira volta.
Um dos tópicos a debate nos próximos dias deverá ser a margem de erro das sondagens, que antes da ida às urnas chegaram a prever a vitória de Lula à primeira. A distância entre um e outro foi curta: Bolsonaro conquistou 43,20% dos votos -- o que corresponde a mais de 51 milhões de eleitores.
Anunciados os resultados, Lula mostrou-se confiante numa vitória dentro de três semanas: "Sempre achei que a gente ia ganhar estas eleições, e vou dizer que vamos ganhar estas eleições. Para nós, isto é apenas uma prorrogação", disse aos apoiantes na sede de campanha em São Paulo.
Já Bolsonaro demorou mais tempo a reagir publicamente aos resultados, destacando uma "vitória sobre a mentira" de que Lula ganharia à primeira com 51% de votos e lançando logo a campanha para a segunda volta.
Bem maior foi a margem de votos entre os dois principais candidatos presidenciais na votação em Portugal, marcada por grande afluência às urnas e em que o 'petista' Lula conquistou o dobro dos votos que o recandidato ao cargo.
O segundo turno tem já data marcada para 30 de outubro. Lula parte com uma vantagem de cerca de seis milhões de votos em relação a Bolsonaro, e será importante aguardar para ver a quem vão declarar apoio os candidatos Simone Tebet e Ciro Gomes, que juntos conquistaram cerca de oito milhões e meio de votos.
Para além de Lula da Silva, Bolsonaro, da candidata do Movimento Democrático Brasileiro e do candidato trabalhista, os 156 milhões de eleitores brasileiros chamados às urnas tiveram ainda a possibilidade, nesta primeira volta, de votar em Luís Felipe D’Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia como candidatos às presidenciais brasileiras.
[atualizado às 11h00]