06 out, 2022 - 12:20 • Lusa
O Conselho da União Europeia (UE) aprovou formalmente, esta quinta-feira, o oitavo pacote de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, que entrará em vigor assim que for publicado no Jornal Oficial, o que acontecerá “em breve”.
O pacote anunciado “introduz na legislação da UE a base para estabelecer um limite de preços relacionado com o transporte marítimo de petróleo russo para países terceiros e mais restrições ao transporte marítimo de petróleo bruto e produtos petrolíferos para países terceiros”, de acordo com um comunicado de imprensa do Conselho.
As novas sanções foram propostas pela Comissão Europeia – que já saudou a aprovação de hoje – na sequência da escalada militar russa na Ucrânia e a anexação ilegal das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.
O oitavo pacote de sanções inclui medidas destinadas a reforçar a pressão sobre o governo e a economia russos e ainda enfraquecer as capacidades militares da Rússia.
Os 27 Estados-membros concordaram ainda em sancionar indivíduos e entidades que tenham desempenhado um papel na organização de referendos ilegais nas quatro regiões ucranianas em causa, representantes do setor da defesa, e pessoas que difundem desinformação sobre a guerra.
O Conselho alargou também os critérios para abranger que facilitar a evasão das sanções da UE.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.