06 out, 2022 - 09:12 • Redação
Um homem de 34 anos matou, pelo menos, 38 pessoas, esta quinta-feira, entre as quais 24 crianças (19 rapazes e três raparigas) - incluindo a mulher e o filho - , na sequência de um ataque a uma creche, no centro da cidade de cidade de Uthai Sawan, província de Nong Bua Lamphu, no nordeste da Tailândia. O balanço da tragédia foi atualizado pelas autoridades locais que acrescentaram que o atacante usou pelo menos uma arma de fogo e uma faca.
Cerca de 30 crianças estavam no centro quando o atirador entrou no edifício, durante a hora da sesta das crianças, segundo informou a polícia e as autoridades locais. Algumas das vítimas tinham apenas dois anos de idade.
Uma das educadoras que estavam na creche descreveu os momentos aterradores e testemunhou que o atacante “disparava, partia vidros e matava”.
A polícia informou ainda que dos adultos, apenas dois foram vítimas na creche. Depois do ataque, o suspeito fugiu e continuou a disparar do carro, atingindo várias pessoas na rua, segundo indicou a polícia tailandesa à agência AP. Fora da creche, matou duas crianças e 10 adultos, incluindo a mulher e o filho, antes de cometer o suicídio.
Também há a registar 15 feridos, oito dos quais em estado grave e as autoridades locais têm apelado à população para que doe sangue.
Chakkraphat Wichitvaidya, o superintendente da polícia de Na Klang, disse à Thai Rath TV que o atirador, Panya Khamrab, tinha sido dispensado das forças policiais no ano passado. O antigo polícia foi demitido no ano passado, após ter acusado resultados positivos num teste antidroga.
O atacante deveria comparecer perante o tribunal na sexta-feira, num processo relacionado com a posse de drogas, noticiou o jornal tailandês Daily News.
Uma das professoras que estavam na creche descreveu os momentos aterradores e testemunhou que o atacante “disparava, partia vidros e matava” adultos e crianças.
O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, expressou, através de uma publicação no Facebook, condolências às famílias e aos feridos.
"Ordenei ao chefe da polícia que fosse imediatamente para a área e todas as agências relacionadas ajudassem urgentemente todos os afetados", afirmou.
Os tiroteios em massa no país são raros, contudo, segundo o Guardian, em 2020 um oficial do exército matou 29 pessoas e feriu 57.
A taxa de posse de armas na Tailândia é elevada em comparação com alguns outros países da região, mesmo sem contabilizar com o número de armas ilegais no país.
[Notícia atualizada às 14:48]