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Ucrânia a soldados russos: "Recusem lutar. Garantimos vida e segurança"

07 out, 2022 - 08:48 • Lusa

Ministro da Defesa diz que "ainda se pode salvar a Rússia da tragédia e o exército russo da humilhação".

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A Ucrânia garante "vida e segurança" aos soldados russos que se rendam, prometeu o ministro da Defesa no momento em que as forças de Kiev avançam no sul e leste do país.

"Garantimos vida, segurança e justiça a todos aqueles que desistam de lutar imediatamente", disse Oleksiy Reznikov num discurso em vídeo dirigido às forças armadas russas.

"Ainda se pode salvar a Rússia da tragédia e o exército russo da humilhação", acrescentou.

A Ucrânia recuperou até agora 500 quilómetros quadrados de território na região de Kherson, como resultado da contraofensiva que tem obrigado as forças russas a recuarem, afirmou na quinta-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O Presidente ucraniano também destacou os "sucessos" alcançados no leste do país, enquanto referiu que acredita que estes se irão estender à região de Zaporíjia.

Depois de ter recebido armamento ocidental, as tropas ucranianas iniciaram uma contraofensiva no final de agosto, que lhes permitiu recuperar algumas das zonas sob controlo de Moscovo.

O exército ucraniano já recuperou a maior parte da região de Kharkiv, no Nordeste, e está agora na ofensiva no leste do país, onde recentemente recapturou o nó ferroviário de Lyman, e no sul, onde tem como objetivo capturar a cidade de Kherson.

Kherson é uma das quatro regiões ucranianas que a Rússia anexou no final de setembro, no âmbito da sua invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro deste ano.

Além de Kherson, foram anexadas pela Rússia as regiões de Donetsk, Lugansk e Zaporijia, onde se situa a maior central nuclear da Europa.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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