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Venezuela. Presidente promete "total apoio" aos afetados pelo mau tempo

11 out, 2022 - 07:10 • Lusa

Dois portugueses, um homem e uma mulher, morreram em Las Tejerías, devido às chuvas torrenciais que afetaram o estado venezuelano de Arágua.

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O Presidente da Venezuela prometeu "total apoio" às famílias de Las Tejerías, numa deslocação à zona, onde pelo menos 36 pessoas morreram e 60 estão desaparecidas, devido ao mau tempo registado no sábado.

“Contem com o total apoio do Governo humanista e bolivariano a que presido. Apoio total às famílias, aos jovens, aos chefes de família, às mulheres chefes de família, às comunidades. Apoio total apoio aos comerciantes”, disse Nicolas Maduro, à televisão estatal venezuelana, na segunda-feira.

Maduro sublinhou ter visto “destroços, centenas de casas destruídas com perda total e centenas de casas e empresas com perda parcial”.

Tejerías, no estado de Arágua, a 70 quilómetros a sudoeste de Caracas, é “uma zona de catástrofe total, de desastre”, onde ocorreram fortes enxurradas, como não foram registadas “durante muitos anos na Venezuela”, disse.

O governante pediu a quem sofreu perdas materiais que se dirija aos centros de abrigo, “até que seja organizada a reconstrução das casas” e prometeu que “ninguém será abandonado, ninguém ficará sem casa”.

Por outro lado, Maduro lembrou a tragédia de 1999, no estado de Vargas, e precisou que o que aconteceu em Tejerías foi uma destruição da mesma grandeza, mas num território mais pequeno.

“A lama, o rio, as correntes [de água] atingiram até dez metros de altura. Aí estão as marcas da destruição nas casas a gente deve saber que Tejerías vai ressurgir com a ave Fénix”, frisou.

Nicolás Maduro explicou que há registou de 800 casas afetadas, 400 das quais totalmente perdidas, desaparecidas e as restantes com danos parciais. Acrescentou que estão a ser preparados 200 apartamentos do programa estatal Grande Missão Habitação, em Arágua e no vizinho estado de Carabobo, para acolher afetados.

“Nas situações de chuva muito graves que tivemos, choveu três vezes mais do que em qualquer outro ano, e no dia do deslizamento de terra de grande magnitude, aqui em Tejerías, choveu em cinco ou seis horas o que chove num mês”, sublinhou.

O Presidente da Venezuela disse ter alertado “há 10 dias, numa transmissão (da televisão) pública, que estava muito preocupado com a forma como os solos estavam a ficar saturados com água”.

No domingo, fontes consulares disseram à Lusa que dois portugueses, um homem e uma mulher, morreram em Las Tejerías, devido às chuvas torrenciais que afetaram o estado venezuelano de Arágua.

O cônsul honorário de Portugal em Los Teques, Pedro Gonçalves, especificou que dois comerciantes portugueses foram arrastados pelas torrentes de água e de lama.

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