15 out, 2022 - 09:33 • Lusa
O Presidente dos Estados Unidos condenou o tiroteio executado por um adolescente de 15 anos, que causou cinco mortos na capital da Carolina do Norte, e pediu novamente ao Congresso que restrinja a venda de armas de assalto.
"Basta. Choramos e oramos por muitas famílias que tiveram que suportar o terrível fardo dos tiroteios em massa. Muitas famílias tiveram cônjuges, pais e filhos levados para sempre", realçou Joe Biden, em comunicado.
O democrata sublinhou que o seu governo tem pressionado por “medidas históricas” para conter os tiroteios, incluindo a primeira lei de controlo de armas em quase 30 anos.
No entanto, Biden acrescentou: “Temos de fazer mais. Temos que aprovar a proibição de armas de assalto. O povo norte-americano apoia essa decisão de bom senso de tirar as armas de guerra das nossas ruas."
O chefe de Estado norte-americano lembrou que a maioria democrata na Câmara dos Representantes já aprovou o veto às armas de assalto e pediu ao Senado que faça o mesmo, numa câmara onde os republicanos bloquearam a medida, garantindo que assinará na mesma a medida.
O atirador que matou cinco pessoas num percurso pedestre na capital da Carolina do Norte é um adolescente de 15 anos que foi hospitalizado em estado crítico.
A chefe de polícia de Raleigh, Estella Patterson, declarou aos jornalistas que, na quinta-feira, o suspeito abriu fogo numa área a nordeste do centro da cidade de Raleigh. O jovem esteve a monte durante horas antes de ser encurralado numa casa e detido, segundo a polícia, que não deu pormenores sobre como acabou ferido em estado crítico.
Os Estados Unidos registaram tiroteios graves este ano, como o massacre com motivação racista num supermercado em Buffalo, Nova Iorque, o massacre numa escola em Uvalde, Texas, e o ataque ao desfile do Dia da Independência em Highland Park, Illinois.
"Faz apenas cinco meses desde Buffalo e Uvalde, e há muitos tiroteios em massa em toda a América, incluindo alguns que nem chegam às notícias", lamentou Joe Biden.
Até agora este ano, os EUA registaram mais de 500 "tiroteios em massa" em todo o país, de acordo com dados do Gun Violence Archive, que considera ataques com pelo menos quatro vítimas como "em massa" e que não inclui o autor dos disparos caso este tenha morrido ou sofrido ferimentos.