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Berlusconi diz que "retomou relações" com Putin e que o russo lhe ofereceu vodka

19 out, 2022 - 05:42 • Lusa

Antigo governante italiano revelou que o líder do Kremlin o considera "o primeiro dos seus cinco verdadeiros amigos".

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O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que negoceia a formação do novo Governo de Itália, confessou ter retomado a sua amizade com o Presidente russo, Vladimir Putin, que lhe ofereceu vodka no seu 86.º aniversário.

"Depois de muito tempo, retomei um pouco as relações com o presidente Putin, que no meu aniversário [29 de setembro] me enviou 20 garrafas de vodka e uma carta muito gentil. Retorqui com garrafas de [vinho] Lambrusco e um menu igualmente suave", adiantou, numa cerimónia à porta fechada com militantes do Força Itália, segundo um áudio transmitido pela agência "LaPresse", esta terça-feira.

Berlusconi também revelou que o líder do Kremlin o considera "o primeiro dos seus cinco verdadeiros amigos".

O seu partido político negou as declarações, alegando que é "uma velha história contada aos seus militantes sobre um episódio de há muitos anos".

O ex-líder do Governo italiano indicou ainda que "não podia expressar" a sua opinião sobre o fornecimento de armas e financiamento a Kiev por parte de Roma.

"Os ministros russos disseram que estamos em guerra contra eles, porque fornecemos armas e financiamento para a Ucrânia. Pessoalmente não posso expressar a minha opinião, porque se fosse dito à imprensa seria um desastre, mas estou muito, muito, muito preocupado", salientou.

O político conservador está a participar nas negociações para a formação do próximo Governo, junto dos seus parceiros de coligação de direita e extrema-direita, Matteo Salvini (Liga) e Giorgia Meloni (Irmãos de Itália), está última vencedora das eleições legislativas de 25 de setembro.

Salvini é admirador de Putin há vários anos, e Berlusconi considera-se seu amigo, enquanto Meloni, provavelmente a próxima primeira-ministra, declarou a sua determinação em continuar a apoiar a resistência ucraniana.

Berlusconi já havia dado a sua opinião em várias ocasiões desde que o Kremlin invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, tendo gerado polémica.

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