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Guerra na Ucrânia

EUA admitem sanções ao Irão por fornecer à Rússia drones

20 out, 2022 - 07:20 • Lusa

Governo iraniano tem negado sistematicamente a entrega de armamento, em particular de drones, a Moscovo.

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O Governo dos Estados Unidos ameaçou aplicar sanções ao Irão por fornecer drones kamikaze, que a Rússia tem usado contra a população e infraestrutura civil crítica na Ucrânia, seguindo os passos da União Europeia. As autoridades norte-americanas indicam haver "provas abundantes" de que o Irão está a enviar para a Rússia drones (aeronaves não tripuladas) que estão a ser usados na Ucrânia e garantiram que "não hesitarão" em usar sanções e "outras ferramentas apropriadas" para punir todas as partes envolvidas. O Governo iraniano tem negado sistematicamente a entrega de armamento, em particular de drones, à Rússia. No comunicado, Washington acusou o Irão de mentir e garantiu estar determinado, junto com os parceiros ocidentais, a impedir que a Rússia continue a receber equipamento militar de Teerão. Horas antes, também a União Europeia (UE) admitiu impor sanções contra o regime iraniano, sublinhando ter reunido "provas" suficientes de que os drones utilizados pela Rússia na Ucrânia foram fornecidos por Teerão. “Agora que reunimos provas suficientes, estamos a trabalhar numa resposta europeia clara, rápida e firme”, disse Nabila Massrali, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. Uma lista de sanções foi submetida aos Estados-membros e é esperada uma decisão "durante a semana", referiu uma fonte diplomática citada pela agência de notícias France-Presse. O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se na quarta-feira em Nova Iorque, a pedido dos Estados Unidos, França e Reino Unido, devido à presença de drones iranianos na guerra russa na Ucrânia. A Força Aérea ucraniana indicou na quarta-feira ter destruído 223 drones iranianos desde meados de setembro. Os europeus já tinham sancionado na segunda-feira onze altos responsáveis iranianos, incluindo o chefe da polícia da moralidade, envolvidos na repressão aos protestos desencadeados pela morte da jovem Mahsa Amini.
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