Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Adidas rompe parceria com o "rapper" Kanye West

25 out, 2022 - 15:24 • Pedro Valente Lima

A marca de desporto alemã diz "não tolerar antissemitismo" e que as ações do artista norte-americano têm sido "inaceitáveis, odiosas e perigosas".

A+ / A-

A gigante do desporto Adidas terminou a parceria com Kanye West. A decisão vem no seguimento da "postura antissemita" que o rapper norte-americano tem adotado publicamente, nas últimas semanas.

Em comunicado publicado na sua página oficial de Internet, a multinacional alemã salienta que "não tolera antissemitismo e quaisquer outras formas de discurso de ódio".

"Os comentários e ações recentes do Ye [Kanye] têm sido inaceitáveis, odiosas e perigosas, violando os valores de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça da empresa", pode-se ler na nota.

Logo, a Adidas decidiu "terminar a parceria com o Ye de imediato, acabar com a produção dos produtos da Yeezy" - o segmento de sapatilhas criado por Kanye em parceria com a marca -, e com os pagamentos ao artista e às suas empresas.

Segundo a companhia alemã, esta rotura deverá ter um "impacto negativo a curto prazo até 250 milhões de euros" em receitas de 2022.

O fim da parceria entre a Adidas e Kanye West torna-se assim em mais um episódio de um mês conturbado do rapper norte-americano.

Desde o início de outubro, e especialmente nas redes sociais, Kanye tem adotado um discurso de ódio antissemita, o que levou plataformas como Facebook, Instagram e Twitter a censurar publicações e a banir (temporariamente) as contas do artista.

Nas várias redes sociais, o rapper insinuava constantemente a existência de uma "agenda judaica". "Tentaram brincar comigo e estão a tentar censurar qualquer um que se oponha à vossa agenda", cehgou a publicar, no Twitter.

Ao longo do mês de outubro, Kanye também protagonizou outros momentos considerados polémicos fora da esfera digital. Na Semana de Moda de Paris, o artista havia aparecido com um vestuário provocador, ostentando uma t-shirt com a frase "White Lives Matter" ("Vidas Brancas Importam", em português).

Já num programa de entrevistas do YouTube, o rapper chegou a contrariar as acusações de racismo e violência policial nos Estados Unidos. Ao longo da conversa, não só voltou às conspirações antissemitas, como falou sobre a morte de George Floyd às mãos da polícia de Minneapolis, que acredita ter sido causada por uma overdose de Fentanil.

Entretanto, face às suspensões nas tradicionais redes sociais, Kanye West também já revelou estar em negociações para a aquisição da Parler, conhecida plataforma online que alberga ideologias de extrema-direita, ultranacionalistas e ultraconservadoras.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+