Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Putin diz que Ocidente está a fazer "jogo perigoso, sujo e sangrento"

27 out, 2022 - 17:02 • Rosário Silva

Presidente russo avisa que o mundo está a viver a década mais perigosa desde o fim da II Guerra Mundial e acredita que, mais tarde ou mais cedo, “os Estados Unidos e os seus aliados vão ter de se sentar à mesa com a Rússia.

A+ / A-

O Presidente da Rússia acusou, esta quinta-feira, o Ocidente de estar a fazer "um jogo perigoso, sujo e sangrento", na guerra que confronta o seu país e a Ucrânia.

Vladimir Putin discursava no decorrer de um encontro sobre política externa, no Clube de Valdai, um grupo de reflexão ao qual está ligado.

“O Ocidente prossegue esta escalada, não há nada de novo nisto, e continua a alimentar a guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que desestabiliza os mercados mundiais dos bens alimentares e da energia”, referiu.

“O domínio do mundo é, precisamente, o que o Ocidente decidiu apostar neste jogo, mas é um jogo perigoso, sujo e sangrento”, sublinhou Putin.

"Rússia tem direito à sua existência"

Sem perder muito tempo a falar da guerra, o Presidente russo preferiu direcionar as críticas para o Ocidente, que acusou de "colocar de lado todas as regras", quando confrontado, por exemplo, com a concorrência da Ásia.

"As elites ocidentais não têm o direito de impor aos outros que sigam o seu caminho", uma vez que “ninguém pode dizer ao nosso povo como devemos construir a nossa sociedade. Nunca suportaremos isso, nem seremos uma civilização de segunda categoria”, afirmou, convicto.

Por outro lado, aponta o dedo aos países ocidentais, afirmando que usam as sanções económicas e provocam "revoluções coloridas" contra os que consideram ser “rivais”, apenas porque não têm capacidade de “competir de forma justa, com o crescente poder económico e político da Ásia”.

“A Rússia não procura hegemonia”, declarou, mas "tem direito à sua existência e reserva-se no direito de promover o seu próprio desenvolvimento”.

Neste discurso, Vladimir Putin disse ainda que a Rússia “não se considera um inimigo do Ocidente”, mas foi este que rejeitou “todas as tentativas” por parte do seu país, “de construir boas relações com os Estados Unidos e a NATO”, uma vez que o desígnio era “manter a Rússia vulnerável”.

Ainda assim, acredita que “mais tarde ou mais cedo”, os “Estados Unidos e os seus aliados”, vão ter de voltar a “conversar com a Rússia”.

O Presidente russo deixou ainda um aviso: "O período de supremacia do Ocidente está a acabar", considerando, por outro lado, que “o mundo está a viver a década mais perigosa desde o fim da II Guerra Mundial”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • José J C Cruz Pinto
    29 out, 2022 ILHAVO 09:36
    É praticamemte o mesmo que um criminoso e chefe de um bando da pior espécie, ainda por cima estúpido e totalmemte ignorante, rodeado de ainda mais estúpidos que ele (para além de incompetentes e cobardes), vir queixar-se, amargurado, de um súbito acréscimo da criminalidade violenta!
  • Morto o bicho
    28 out, 2022 Morta a peçonha 09:48
    Sim, até foi o Ocidente que invadiu, destruiu, anexou territórios depois de uma farsa de referendos, e ameaça com armas nucleares e agora com destruição de satélites... Mas não há um russo corajoso que abata este animal?
  • Abel
    27 out, 2022 Setúbal 18:54
    "O domínio do mundo é, precisamente, no que o Ocidente decidiu apostar neste jogo, mas é um jogo perigoso, sujo e sangrento”, sublinhou Putin.
  • Paz Moscovita
    27 out, 2022 Fronteira 18:22
    Deste criminoso a viver numa Realidade Alternativa, não há nada de razoável a esperar. As ditas "negociações de Paz" que ele quer fazer com o Patriarca Ortodoxo, o Papa Francisco, os EUA, a Alemanha, a França e a Turquia e curiosamente, sem a presença da Ucrânia, diz tudo sobre essas "negociações": um ganhar de tempo mantendo as posições, à espera do Inverno e do terminar da vitoriosa contra-ofensiva ucraniana, para na Primavera, a Rússia avançar militarmente, de novo. Já ninguém se deixa enganar por ele e o apoio à Ucrânia deve manter-se. Se ele quisesse mesmo a Paz, já teria aceite as condições de retirar de território ucraniano, depois dum cessar-fogo geral. A "Paz" que ele quer, chama-se "Ucrânia". Mais nada. Falhou da primeira vez, mas podem crer que vai tentar novamente, se o deixarem.

Destaques V+