01 nov, 2022 - 18:10 • Lusa
Os incêndios na Amazónia brasileira aumentaram 20,4% em outubro face ao mesmo mês do ano passado e o valor acumulado do ano já supera todo o recorde de 2021, informou hoje o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em outubro, foram registadas 13.911 fontes de calor na parte brasileira da maior floresta tropical do mundo, segundo dados divulgados pelo IMPE.
O acumulado nos dez primeiros meses do ano foi de 101.215 focos de incêndio, número 33% superior ao registado em todo o ano de 2021.
Os maiores números de focos ocorreram nos estados do Pará, com 7.469 (54% do total); Amazonas, com 1.503 (11%); Maranhão, que respondeu por 1.269 (9%); Acre com 1.127 (8%) e Mato Grosso, com 903 (6%).
A redução dos incêndios florestais na Amazónia é um dos grandes desafios ambientais do Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de 01 de janeiro, quando toma posse.
Os incêndios causados por madeireiros e mineradores ilegais são uma das principais causas do deflorestamento na Amazónia no Brasil.
Organizações ambientalistas atribuem o aumento desenfreado da devastação da selva às políticas ambientais do presidente demissionário brasileiro, Jair Bolsonaro, que no último domingo foi derrotado por Lula da Silva na segunda volta das eleições.
Bolsonaro é criticado por ambientalistas por ter flexibilizado os controlos ambientais, promovido a exploração económica do ecossistema, mesmo em reservas indígenas, e por ter cortado o orçamento dos órgãos fiscalizadores.