01 nov, 2022 - 05:46 • Lusa
O terceiro e último módulo da estação espacial chinesa Tiangong ancorou esta após ter sido lançado na segunda-feira com sucesso.
“O módulo experimental Mengtian entrou na órbita predefinida”, disse Deng Hongqin, um responsável pela missão.
“Declaro que este lançamento foi um sucesso completo”, acrescentou o oficial, cercado por colegas na sala de controlo.
Na segunda-feira, China lançou o Mengtian para completar a sua estação espacial permanente, no culminar de mais de uma década de esforços para manter presença constante de tripulantes em órbita.
O módulo foi lançado para o espaço às 15:39 (07:39, em Lisboa), a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Wenchang, na província insular de Hainan, no extremo sul da China.
Uma grande multidão de fotógrafos amadores e entusiastas do espaço assistiram à descolagem a partir de uma praia adjacente. Muitos agitavam bandeiras chinesas e usavam camisas estampadas com o nome do país em caracteres chineses, refletindo o profundo orgulho nacional investido no programa espacial e o progresso tecnológico que este representa.
Mengtian, ou “Sonho Celestial”, junta-se ao Wentian como o segundo módulo de laboratório para a estação, coletivamente conhecida como Tiangong, ou “Palácio Celestial”.
Ambos estão conectados ao módulo central, designado Tianhe, onde a tripulação vive e trabalha.
O Mengtian foi lançado a bordo de um foguete transportador Longa Marcha 5B Y4.
O módulo deve passar 13 horas em voo antes de chegar ao Tiangong, que é habitado por uma tripulação composta por três astronautas, incluindo dois homens e uma mulher, de acordo com a Agência Espacial Tripulada da China.
No próximo ano, a China planeia lançar o telescópio espacial Xuntian, que, embora não faça parte do Tiangong, orbitará em sequência com a estação e pode acoplar ocasionalmente na estação espacial para manutenção.
O programa espacial tripulado da China completou oficialmente três décadas este ano, mas começou realmente em 2003, quando a China se tornou o terceiro país, depois dos EUA e da Rússia, a colocar um ser humano no Espaço.