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Coreia do Sul

Dois polícias alvo de investigação após debandada mortal em Seul

03 nov, 2022 - 07:25 • Lusa

Decisão surgiu na sequência de críticas crescentes à inação da polícia para evitar uma debandada numa festa de Halloween, na qual morreram mais de 150 pessoas.

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A Agência de Polícia da Coreia do Sul vai pedir uma investigação ao comissário da zona de Yongsan, em Seul, e ao oficial responsável pela supervisão de emergências na área metropolitana da capital sul-coreana.

A decisão surgiu na sequência de críticas crescentes à inação da polícia para evitar uma debandada numa festa de Halloween, em Seul, no sábado, e na qual morreram mais de 150 pessoas, especialmente depois de ter sido divulgado que as autoridades receberam 11 chamadas de emergência a avisarem para a sobrelotação do espaço, quatro horas antes da tragédia, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

As autoridades devem criar uma equipa especial para investigar Lee Im-jae, o chefe da esquadra de Yongsan, que vigia o bairro de Itaewon – onde ocorreu o incidente -, e Ryu Mi-jin, responsável por acompanhar a situação na Agência de Polícia Metropolitana de Seul, por alegada negligência no exercício das funções, acrescentou a Yonhap.

A Agência Nacional de Polícia da Coreia do Sul suspendeu já Lee e Ryu do serviço.

O ministro do Interior sul-coreano, Lee Sang-min, tinha pedido, na terça-feira, desculpas pela debandada que causou pelo menos 156 mortos entre jovens que celebravam a noite de Halloween.

Este foi o primeiro pedido oficial de desculpas depois da tragédia, que aconteceu quando cerca de 100 mil pessoas se concentraram em Itaewon, uma zona de restaurantes, bares e discotecas num labirinto de vielas estreitas e íngremes ao longo de uma das principais avenidas de Seul.

O chefe da polícia da Coreia do Sul tinha já admitido que a força de segurança recebeu múltiplos avisos “que uma grande multidão se tinha reunido mesmo antes da ocorrência do acidente, sinalizando um perigo urgente”.

O partido no poder na Coreia do Sul anunciou que pretende rever a lei de segurança e gestão de desastres, na sequência da debandada.

A Câmara Municipal de Seul tem um sistema de controlo de multidões em tempo real, que utiliza dados de telemóveis para prever o tamanho da assistência de um evento, mas não foi utilizado no sábado à noite, de acordo com os meios de comunicação locais.

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